segunda-feira, 29 de setembro de 2014

LJA Crise em duas terras - o Sílvio Santos tá gagá! Pôs o desenho no ar a 01:15 da manhã de sábado...

  1. Liga da Justiça - Crise em Duas Terras (Dublado) - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=vHyTqWQDagY
    14/01/2014 - Vídeo enviado por WarnerMoviesBR
    Neste longa de animação, um Lex Luthor "do bem" vem de um universo alternativo para pedir ajuda ...

A Guerra dos Farrapos e seus Lanceiros Negros Traídos - Brasil




Brasil - RS Insurgente - [Hemerson Ferreira] Um breve resumo de como os Farroupilhas sulistas recrutaram e depois descartaram seus soldados negros.




Durante a chamada Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul (1835-45), quando um homem livre era chamado a servir tanto nas forças rebeldes quanto nas imperiais, podia enviar em seu lugar (ou no lugar de um filho seu) um de seus trabalhadores escravizados. Em alguns casos, o alforriavam e alistavam. Também foi prática comum buscar atrair ou tomar cativos das tropas inimigas, trazendo-os para seu lado. O primeiro exército a utilizar negros escravizados como soldados foram os imperiais. Precisando também formar uma infantaria e sobretudo preferindo enviá-los como bucha-de-canhão, morrendo na frente em seu lugar, farrapos também os alistaram: eram os famosos Lanceiros Negros. Ambos, farrapos ou imperiais, prometiam também liberdade aqueles que desertassem das tropas rivais, mudando de lado.

A maioria dos cativos que combateu nesta guerra foi obrigada a fazê-lo diante das condições impostas. Por outro lado, apesar da guerra ser horrível e violenta, era até preferível a vida militar, com seus esporádicos combates, do que as agruras diárias da escravidão. A promessa de liberdade após o fim da luta certamente pode ter influenciado em muito o recrutamento daqueles homens. Uma promessa, aliás e como veremos, jamais cumprida.

Não havia igualdade nas tropas farroupilhas, muito menos democracia racial. Negros e brancos marchavam, comiam, dormiam, lutavam e morriam separadamente. Os oficiais dos combatentes negros eram brancos, e jamais um negro chegou a um posto significante, mesmo que intermediário, de comando. Aos Lanceiros Negros era vedado o uso de espadas e armas de fogo de grande porte. Não lutavam a cavalo, como costumam mostrar nos filmes e mini-séries de TV, mas sim a pé, pois havia o risco de se rebelar ou fugir. Sua arma principal era a grande lança de madeira que lhes deu nome e fama, algumas facas, facões, pequenas garruchas, os pés descalços, a bravura e o anseio pela liberdade prometida.

Seria anacronismo se quiséssemos que líderes farroupilhas tivessem um comportamento ou posições políticas avançadas e assim diferentes das existentes em seu tempo, mas defesa da Abolição da escravidão era bem conhecida e nada alienígena na época. Uma Abolição começou a ser decretada em Portugal em 1767, proibindo que fossem enviados para o reino mais cativos vindos da África, e em 1773 foi decretada uma Lei do Ventre Livre naquele país. Na Dinamarca, isso se deu em 1792. Na França, em 1794 (ainda que Napoleão tenha tentado restabelecer a escravidão no Haiti em 1802). No México, uma primeira tentativa de Abolição foi feita em 1810, mas foi finalmente vitoriosa em 1829. Bolívar libertou cativos em 1816-7, durante suas lutas por independência, e finalmente aboliu a escravatura em 1821. A Inglaterra, que havia findado a escravidão pouco antes da Revolta dos Farrapos, pressionava o Brasil pelo fim do tráfico negreiro desde 1808. Willian Wilbeforce, um dos maiores abolicionistas da história, morreu em 1833, ou seja, dois anos antes da guerra no Sul do Brasil. Farrapos, portanto, conheciam, sim, e muito bem o abolicionismo.

Entretanto,os principais chefes farrapos, Bento Gonçalves, Canabarro, Gomes Jardim e até Netto, dentre outros, eram todos ferrenhos escravistas. Quando aprisionado e enviado para a Corte no Rio de Janeiro, Bento Gonçalves teve o direito de levar consigo um de seus cativos para lhe servir. Ao morrer, o mais conhecido líder farroupilha deixou terras, gado e quase cinqüenta trabalhadores escravizados de herança aos seus familiares. Bem diferente do que fizera Artigas no Uruguai anos antes, os farrapos jamais propuseram uma reforma agrária ou mesmo uma distribuição de terras entre seus soldados, mesmo os brancos pobres, que dirá os negros. A defesa da escravidão era tão clara entre os chefes farrapos a ponto deles jamais sequer terem mencionado o fim do tráfico negreiro.

Ao fim da guerra e já quase totalmente derrotados, os farrapos incluíram entre suas exigências para o Império o cumprimento da promessa de liberdade que haviam feitos aos Lanceiros (principalmente porque temiam que eles formassem uma guerrilha negra na província já que a quebra da promessa os faria se rebelar ou fugir para o Uruguai, destino comum de diversos cativos fugitivos na época). Queriam entregar-se ao Império, acabar a guerra, voltar à normalidade, mas tinham os Lanceiros e a promessa que lhes haviam feito, e o Império, escravista até a medula, não queria cumprir essa parte do acordo.

Que fazer então? A questão foi resolvida na madrugada de 14 de novembro de 1844, quando o general farrapo David Canabarro entregou seus Lanceiros desarmados ao inimigo, tudo previamente combinado com Caxias. E no serro de Porongos, hoje região de Pinheiro Machado (interior do Rio Grande do Sul), foi dizimada quase toda a infantaria negra, enterrando de vez a preocupação dos farrapos e acelerando assim a paz com o Império. A instrução de Caxias a um de seus comandados foi clara e objetiva: a batalha teria que ser conduzida de forma tal que poupar apenas e dentro do possível o sangue de brasileiros (e o negro era então tratado como africano, mesmo que já nascido no Brasil).

Alguns historiadores apologistas ou folcloristas de CTGs consideraram aquela traição como Surpresa, já que pela primeira vez que o então vigilante Davi Canabarro teria sido surpreendido pelo inimigo. Conversa fiada! Enquanto dispôs suas tropas negras de tal maneira que ficassem desarmadas e descobertas, algo que até então nunca havia feito, Canabarro se encontrava bem longe e seguro do local, nos braços de Papagaia, alcunha de uma amante sua.

Após o combate, um relato oficial avisou a Caxias que pelo menos 80% dos corpos caídos no campo de Porongos eram de homens negros. Calcula-se que, nos últimos anos daquela conflito, os farrapos ao todo somavam uns cinco mil homens, sendo que algo em torno de mil eram Lanceiros Negros. Após o Massacre de Porongos, porém, restaram apenas uns 120 deles, feridos, alguns mutilados, e que foram primeiramente enviados para uma prisão no centro do país e depois dispersados para outras províncias, ainda mantidos como cativos.

Feito isso, deu-se a chamada rendição e paz do Poncho Verde, onde senhores escravistas dos dois lados trocaram abraços e promessas de lealdade e, logo depois, marcharam juntos e sob a mesma bandeira imperial contra o Uruguai, Argentina e Paraguai.

Bibliografia

FACHEL, José Plínio Guimarães. Revolução Farroupilha. Pelotas: EGUFPEL, 2002.

FERREIRA, Hemerson. Da Revolta à Semana Farroupilha: entre tradição e a história. http://prod.midiaindependente.org/en/blue/2009/08/451359.shtml

FLORES, Moacyr & FLORES, Hilda Agnes. Rio Grande do Sul: aspectos da Revolução de 1893. Porto Alegre: Martins-Livreiro, 1993.

GOLIN, Tau. Bento Gonçalves, o herói ladrão. Santa Maria: LGR, 1983.

LEITMAN, Spencer. Raízes sócioeconómicas da Guerra dos Farrapos: um capítulo da história do Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

MAESTRI, Mário. "O negro escravizado e a Revolução Farroupilha". In: O escravo gaúcho: resistência e trabalho. Porto Alegre: UFRGS, 1993, pp76-82.

Hemerson Ferreira é historiador.

BATMAN FEITO NO BRASIL: O PRIMEIRO FANFILM EM LONGA METRAGEM BRASILEIRO DO HERÓI




RICARDO QUARTIM
SEM COMENTARIOS
BATMAN, CAVALEIRO DAS TREVAS, CURIOSIDADES, FANFILM, MORCEGO


É isso mesmo. O brasileiro Elvis DelBagno está lançando pela primeira vez em exibição pública o primeiro fanfilm de longa metragem brasileiro do Cavaleiro Das Trevas: Um Conto de Batman - Na psicose do ventríloquo.




DelBagno é Produtor, Diretor, Roteirista, Montador, Diretor de Fotografia e utilizou de todos os recursos profissionais para produzir um filme independente do Morcego de alta qualidade. Desde a iluminação bem cuidada, passando pelo figurino, locações até a fotografia caprichada.












A estreia será no dia 26 de setembro próximo às 19:00h no Cine Olido localizado na Av. São João, 473, na cidade de São Paulo. A entrada será gratuita e todos estão convidados.
Há uma página no Facebook aonde todos podem confirmar a presença mas não é obrigatório.
Inicialmente ele será exibido apenas em festivais até mais ou menos o meio do ano que vem quando poderá ser disponibilizado na internet.
A duração é 88min. Assista o trailer a seguir

Para ver o trailler: http://www.chamandosuperamigos.com.br/2014/09/batman-feito-no-brasil-o-primeiro.html



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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ROTINA RETOMADA APÓS BOATOS DE GUERRA DO TRÁFICO

DIÁRIO GAÚCHO 25/09/2014 | 08h44
Cristiane Bazilio

Rotina começa a ser retomada na Morada do Vale após boatos de guerra do tráfico. Rumores de um suposto confronto entre traficantes paralisou o bairro na terça-feira. Nesta quarta, o clima era mais tranquilo, mas o medo ainda assombrava moradores


Escola da região dispensou alunos durasnte dois dias. Aulas devem ser retomadas nesta quinta Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS




Na manhã seguinte a um dia de terror provocado por boatos de uma possível guerra entre traficantes na Morada do Vale 1, em Gravataí, a rotina dos moradores do bairro começou a ser retomada ontem. Pelo menos até a manhã desta quinta. Boa parte das escolas fechadas no dia anterior retomaram as aulas, embora algumas ainda tenham ficado sem alunos. O comércio operou em horário integral. Em algumas ruas, porém, ainda se via pouca gente. A polícia não registrou incidente grave nos últimos dois dias, porém, o temor de que um confronto ainda ocorra na região é evidente.

Um medo, contudo, bem inferior ao que assolou a população na terça-feira, quando o dia foi marcado por ruas vazias, crianças indo para casa em pleno horário de aula e escolas fechadas. Professoras – algumas chorando – entregaram alunos aos pais. Comerciantes baixaram as portas à tarde.

Na terça, uma postagem no facebook dava conta de que rivais do tráfico se enfrentariam nas ruas, com tiroteio e mortes. O falso alarme se espalhou rapidamente nas redes sociais, com compartilhamentos e comentários e até fotos de uma chacina atribuída ao suposto conflito, alimentando o clima de pavor. Em apenas uma página no facebook, foram cerca de 3 mil interações. A origem da boataria já tem suspeitos.

– A postagem partiu de um rapaz de 18 anos, sem antecedentes. Ele está sendo monitorado. Logo em seguida, uma mulher espalhou fotos falsas. Não passa de meia dúzia de irresponsáveis. O resto é repercussão – diz o comandante do 17ª BPM, tenente-coronel Vanderlei Mayer Padilha.

Leia mais notícias de polícia no Diário Gaúcho

As fotos dos corpos, segundo a polícia, não são recentes nem de casos em Gravataí.

Patrulhamento foi intensificado
Conforme o secretário de Segurança Pública, Flávio Lopes, a Guarda Municipal de Gravataí recebeu cerca de 200 telefonemas pedindo ajuda e informações sobre o ocorrido. Um efetivo de 20 homens foi deslocado para a região das Moradas do Vale 1, 2 e 3. Como os boatos não precisavam o local d o possível confronto, a polícia intensificou o patrulhamento em toda a região.

– Foram orientados a acalmar a população, repassando que era boato. Dissemos que não era para fechar comércio e que nada estava acontecendo, mas o pânico já estava instaurado. Hoje (ontem), mantivemos duas guarnições para que as pessoas retomassem a rotina – explica o secretário.

A Brigada recebeu cerca de 300 ligações pediu reforço a pelo menos três municípios. O comandante Vanderlei, porém, não confirma. Ele também não divulga o número de PMs envolvidos na operação e minimiza:

– As 300 ligações não representam o universo de 50 mil pessoas das Moradas.

A rotina escolar foi afetada. Segundo as secretarias Municipal e Estadual de Educação, são sete escolas na região. Em uma, mais de 1,3 mil alunos ficaram sem aulas.

– Mesmo que sejam boatos, não podemos arriscar. Estamos lidando com as vidas dos jovens – disse uma funcionária.


A previsão é de que, nesta quinta, nenhuma escola permaneça fechada.

Origem foi assassinato

O estopim para a série de boatos foi a morte de Maurício Panzenhagen Dorr,
24 anos, no domingo. Com passagens por tráfico de drogas e investigado por tráfico de armas, levou pelo menos 20 tiros, às 18h, na Avenida Anita Garibaldi, a principal da Morada do Vale 1. Em seguida, amigos dele espalharam que a morte não ficaria em vão.

– Sabemos que há tráfico na região, e a vítima vendia drogas. Estamos investigando – disse o chefe de investigação da 2ª DP, Carlos Augusto Silva.

Maurício foi morto quase em frente a uma escola que teve as portas fechadas e os alunos dispensados nos últimos dois dias. Entre moradores, a certeza é de que o tráfico impera.

– Dizem que o rapaz era ex-aluno da escola, morto por rivais, e que a gangue dele invadiria para pegar estudantes envolvidos. Aqui está tomado pelo tráfico. É terra sem lei – afirmou uma moradora.

A Brigada nega a existência de facções no local.

– Não há gangues em Gravataí nem confronto de grupos rivais – diz o tenente-coronel Vanderlei.


Entenda o caso

*14/9 – Tiago Roberto da Silva Barbosa, 28 anos, foi assassinado a tiros na frente do filho, de seis anos, no Bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. Um parente dele, segundo a polícia, é aliado de Vini da Ladeira, traficante que domina a venda de drogas em Gravataí.

*21/9 – Maurício Panzenhagen Dorr, 24 anos, investigado por envolvimento no crime, foi assassinado com 20 tiros na Morada do Vale I. Maurício tinha antecedentes por tráfico de drogas e, segundo a polícia, era investigado também por tráfico de armas. Os suspeitos pelo seu assassinato, conforme a polícia, são matadores aliados de Vini da Ladeira.

*22/9 – Após o assassinato de Maurício, boatos davam como certa uma guerra entre amigos dele e comparsas de Vini da Ladeira. De moto, traficantes em pelo menos três motos passaram por comércios e avisaram que, na Morada do Vale I, no dia seguinte, ninguém deveria sair às ruas depois das 17h naquele dia, pois “a bala iria pegar”.

*23/9 – Espalhada em redes sociais, a boataria tomou fortes proporções. Escolas dispensaram alunos e boa parte do comércio fechou as portas mais cedo. A Brigada Militar local pediu apoio aos colegas de Cachoeirinha e do Batalhão de Operações Especiais, que ficaram de prontidão. Com a presença maciça de PMs, nenhum tumulto foi verificado.

*24/9 – A rotina começou a voltar ao normal na região. Pais de alunos de uma escola em Águas Claras, nas redondezas, pediram à direção para que tome medidas em prol da segurança dos alunos.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

The Walking Dead | Veja novos teasers e trailers da quinta temporada


Série retorna em outubro

Natália Bridi
22 de Setembro de 2014

The Walking Dead divulgou um novo e breve teaser com cenas da sua quinta temporada:
Teaser #7
Trailer #2 - Never Let Your Guard Down
Teaser #6
Teaser #5
Teaser #4
Teaser #3
Teaser #2
Teaser #1
The Walking Dead retorna com episódios inéditos em 12 de outubro nos EUA, na rede AMC, e dois dias depois, 14 de outubro, no Brasil, pelo canal pago Fox.
Leia mais sobre The Walking Dead

Django/Zorro | Veja a capa da primeira edição do crossover entre Django Livre e Zorro


Série chega às bancas americanas no segundo semestre de 2014

Bruno Silva
22 de Setembro de 2014

Dynamite Entertainment divulgou a capa da primeira edição de Django/Zorro, o crossover entre Django Livre e Zorro nos quadrinhos. Confira:
Em entrevista a um site exclusivo para lojistas da Diamond Comics (via Bleeding Cool), o roteiristaMatt Wagner, que trabalha em parceria com Quentin Tarantino na história, conta que a HQ terá cenas que estavam previstas para Django Livre, mas acabaram cortadas na versão final do filme. O diretor também cuidou de alguns dos diálogos do longa.

Com lançamento previsto para o segundo semestre, a história será publicada pela Dynamite Entertaniment e pela DC, que já lançou uma adaptação de Django Livre para os quadrinhos em 2013, em uma minissérie de sete edições.
Leia mais sobre Django Livre
Leia mais sobre Zorro

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Filha flagra assaltante batendo no pai e o mata em Taquarituba


Postado por André Bigorna
Filha flagra assaltante batendo no pai e o mata em Taquarituba
um crime e uma vítima. de cada lado , um assaltante e outro a filha de vítima que, esbaforida, flagrava naquele momento seu pai sendo agredido pelo ladrão canalha.
A jovem de 18 anos matou com golpes de faca o bandido que invadiu a casa dela na madrugada deste domingo, dia 14, em Taquarituba (SP).
Segundo a Polícia Militar, ela esfaqueou o criminoso ao ver que o pai estava sendo agredido pelo homem que queria furtar a casa.
Ainda de acordo com a PM, o dono da residência, que fica no Bairro Novo Centro, escutou o barulho do homem que invadiu a casa. Ao ver o criminoso os dois começaram a brigar.
A jovem, ao ver a situação, foi para crime e esfaqueou o criminoso.
O assaltante morreu no local antes de chegar ao hospital.
Já a moça foi levada à delegacia, prestou depoimento e foi liberada.

Ela responderá por homicídio em liberdade por ser considerado ato de legitima defesa de outrem.

Vira-lata que impediu criança de ser estuprada ganha fama de heroína

Até nos animais existe a nobreza do Heroísmo. GN

Kiara avançou em homem que invadiu a casa da família em Pilar do Sul.
Menina relatou o crime após ficar cinco dias em coma induzido.

Do G1 Itapetininga e Região*
A vira-lata Kiara, que pertence a uma família de Pilar do Sul, a 150 quilômetros de São Paulo, ganhou fama na cidade na última quinta-feira (4). Ela atacou um estuprador e impediu que a dona, uma menina de 10 anos, fosse violentada. A tentativa de estupro ocorreu em 30 de agosto, quando o homem invadiu a casa da menina, que estava sozinha. O estupro só não foi praticado porque Kiara interveio e mordeu várias vezes o criminoso, que ainda acertou a cabeça da menina com um pilão antes de fugir.
Kiara virou heroína após salvar a dona de um estupro (Foto: Reprodução/TV Tem)Kiara virou heroína após salvar a dona de um
estupro (Foto: Reprodução/TV Tem)
Após a agressão, a menina ficou em coma por cinco dias. A princípio, a família achou que ela tinha sofrido uma queda, mas, na quinta-feira, quando ela acordou, conseguiu contar aos pais o que tinha acontecido. Com base na descrição que ela fez do criminoso, a Polícia Civil conseguiu chegar até o agressor, preso na sexta-feira (5) com ferimentos na perna, causados pelas mordidas de Kiara.
O pai, o trabalhador rural Sebastião dos Santos, conta que foi o primeiro a conversar com a filha depois que ela saiu do coma. "Eu cheguei, abracei e peguei na mão dela. Ela então me disse que era para eu pegar o homem que tinha tentado estuprá-la. Na hora, para saber se ela estava lúcida, comecei a perguntar os nossos nomes e até de amigos dela na escola. Ela lembrou de tudo, daí tive certeza que ela tinha sido ferida por uma pessoa", conta.
No dia do crime a criança estava sob os cuidados do irmão mais velho e da cunhada, que moram nos fundos do imóvel. Ela contou aos pais que o agressor estava passando pela calçada quando a viu e pediu um copo d’água. Quando ela entrou para pegar água foi seguida pelo homem, que a atacou. A menina conseguiu correr para o quarto e gritou por Kiara, que começou a morder o criminoso. Mas, antes de fugir, ele ainda bateu na menina com o pilão.
"Eu cheguei [no hospital], abracei e peguei na mão dela. Ela então me disse que era para eu pegar o homem que tinha tentado estuprá-la."
Sebastião dos Santos,
pai da menina salva pela cachorra
Ela foi socorrida por vizinhos que ouviram os gritos e o choro quando ela já estava na rua pedindo ajuda e desmaiou em seguida. Ao chegar ao hospital, ficou em coma induzido por quase uma semana.
Heroína
A menina continua internada no Hospital Regional de Sorocaba (SP), onde se recupera do traumatismo craniano sofrido com a pancada. Segundo o pai, a filha só fala na cachorra, que ela chama de heroína. "Quando eu ligo para falar com ela, ela já pergunta da heroína dela. Chegou a dizer que se não fosse pela cachorra, não estaria conversando com a gente. Ela fala: 'pai, cadê a minha heroína?'. Hoje mesmo [domingo], ela pediu para eu colocar o telefone no ouvido da Kiara e começou a falar e assobiar com a cachorra. A Kiara começou a latir e até tentou morder o telefone", diz o pai, emocionado.
O pai conta que a família chegou a pensar em se desfazer da cachorra antes da agressão. "Houve uma época em que a gente pensou em mandar ela embora porque dá trabalho, mas agora não vamos largar dela mais. Primeiramente foi Deus que ajudou a salvar a minha filha. Segundo, foi a cachorra, a nossa heroína. A gente já imaginava que a cachorra era capaz de defender a minha filha porque dá para perceber que ela tem muito amor pela criança."
Segundo a Polícia Civil, o agressor tinha saído de um hospital psiquiátrico em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, no fim de julho. A prisão temporária do suspeito foi decretada por 30 dias e ele foi levado para cadeia de Pilar do Sul. A menina passa bem, mas ainda não há previsão de alta.
Kiara mordeu homem que tentava estuprar menina de 10 anos (Foto: Reprodução/TV Tem)Kiara mordeu homem que tentava estuprar menina de 10 anos (Foto: Reprodução/TV Tem)

*Com colaboração de Fernando Daguano e Jussara Bette / TV TEM