terça-feira, 29 de dezembro de 2015

F.D.P. e a Morte do Homem-Extraordinário Páginas 7 e 8



 
 
 
 
 
 
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Detalhe - FDP 03 (Por Leo Santana e E.Thomaz) Pag 08 - 02
Detalhe – FDP 03 (Por Leo Santana e E.Thomaz) Pag 08
O F.D.P. nos revela a origem do Homem-extraordinário e fala um pouco de suas teorias que envolve Nietsche e a chegada dos super-homens. Destaque para a aparição de 5 grandes super-heróis dos quadrinhos nacionais: Velta, Raio Negro, Cometa, Mulher-Estupenda e Sideralman.
Com roteiro meu e arte de E.Thomaz,  esta hq é atualizada semanalmente e para lê-la, cliqueaqui.
Toda hq do F.D.P. tem uma trilha sonora sugerida e a desta é Adágio em G menor de Tomaso Albinoni. Para ouvir a música, clique aqui.
Por favor deixem seus comentários. Eles são muito importantes para mim.

Os Melhores Quadrinhos da DC Comics Que Li em 2015



Os quadrinhos mais DCentes que li neste ano estão aqui. A Distinta Concorrência tem tantos selos que fica impossível não tirar algum que pertença à Vertigo, à ABC ou à WildStorm. Mas tem lugar para o Superman e o Batman, como você vai ver a seguir.
DC2animal
O Mundo Animal tem uns bicho interessante…
HOMEM-ANIMAL: O EVANGELHO DO COIOTE, DE GRANT MORRISON, CHAZ TRUOG, DOUG HAZLEWOOD E TOM GRUMMETT
É só o começo! Só o começo! Em seu prefácio dessa edição Grant Morrison diz que fez parte da Invasão inglesa nos quadrinhos americanos na década 80. Mas ele queria uma pegada diferente para as suas histórias e ele descobriu qual seria o caminho para a série contínua de Homem-Animal (que era para ser uma minissérie) na edição 5 com a história O Evangelho do Coiote. A partir dela, uma história que ele achava complexa e impenetrável é que ele encontrou a ressonância para fazer mais histórias desse tipo que muitos amam e outros muitos odeiam. Mas que bom que ela existiu, assim temos alguém que pode criticar esse lado sombrio e mal interpretados dos super-heróis. E sim, Homem-Animal é leitura obrigatória.

StormWatch Volume Um, de Warren Ellis e Tom Raney. (2015, Panini Comics, 164 Páginas, R$22,90, Tradução de Paulo H. Cecconi)
StormWatch Volume Um, de Warren Ellis e Tom Raney. (2015, Panini Comics, 164 Páginas, R$22,90, Tradução de Paulo H. Cecconi)
STORMWATCH, DE WARREN ELLIS, TOM RANEY, MICHAEL RYAN, PETE WOODS E BRIAN HYTCH
Outro cara que faz parte da Invasão Inglesa, mas que veio mais tarde, lá pelos anos 90, foi Warren Ellis. Ele começou devagar, ainda na divisão UK da Marvel com alguns personagens classe C como Druida e Elza Bloodstone, mas logo se viu em títulos como Excalibur e Thor. E chamou a tenção de Jim Lee que precisava dar um caminho novo para sua equipe, a principal do universo WildStorm, o StormWatch. Seguindo nesse caminho, o título dos heróis vigilantes da tempestade desembocou em uma nova pegada nos super-heróis que foi o The Authority: heróis porra-loucas e que defendiam o mundo custe o que custasse. Isso transformou Authority num sucesso e num marco da história dos quadrinhos de super-heróis. Para ler mais sobre o StormWatch e uma resenha completa do primeiro volume, clique neste link.


DC2autority
Tenho problemas com Autoridades…
THE AUTHORITY: TRANSFERÊNCIA DE PODER, DE MARK MILLAR, TOM PEYER, ARTHUR ADAMS, FRANK QUITELY, DUSTIN N’GIYEN E PHIL JIMENEZ
O ano era 2001, as torres gêmeas haviam sido derrubadas e os quadrinhos de super-heróis, principalmente os mais radicais como The Authority estavam sem rumo. Na época quem escrevia as histórias eram os escoceses Mark Millar e Frank Quitely. Era uma história em que as maiores potências do mundo, o G-7 faziam milhares de atrocidades com os países do terceiro mundo (que novidade, hein?) e o The Authority vinha impedí-los. Porém, arquitetando um plano maligno (que esses poderes executivos chamariam de danos colaterais), o G-7 dá um jeito de incapacitar o The Autority e colocar uma nova equipe no seu lugar, cada membro vindo de uma das sete potências do grupo. Daí tudo embola com o 11 de setembro, Mark Millar fica receoso e Tom Peyer o substitui por uns números. Mas o resultado é sensacional. Talvez a melhor HQ de todas do The Authority e a última de uma era.

DC2monstro
O Culto Oculto
MONSTRO DO PÂNTANO, DE CHARLES SOULE, KANO E JESUS SAÍZ
Charles Soule tem se provado um roteirista competentíssimo. Mas não apenas isso, ele é um dos caras que mais trabalhou em diversos títulos em pouco tempo. Senão, vejamos: Lanternas Vermelhos, Monstro do Pântano, Inumanos, Demolidor, Thunderbolts e estamos falando de um espaço de 3 anos! Nesse tempo ele assinou um contrato de exclusividade com a Marvel, deixando a DC. Ele ficou apenas cuidando do título de Alec Holland, o Monstro do Pântano. Nesse título ele fez uma bela continuidade ao trabalho de Soctt Snyder, que veio antes dele nos Novos 52. Mas arrisco a dizer que Soule fez um trabvalho ainda mais completo na mitologia do nosso amigo Monstro, indo além de seus conflitos com Arcane e o romance com Abby Cable. Procure pelos quatro volumes desta fase que a Panini publicou. O último deve estar chegando nas bancas. É muito bom!

DC2tomorrow
Hasta Mañana, always be mine. Viva Forever, I’ll be waiting…
TOMORROW STORIES, DE ALAN MOORE E KEVIN NOLAN, RICK VEITCH, JIM BAIKE, MELINDA GEBBIE E HILARY BARTA
São seis edições da edição original americana, publicadas aqui no Brasil pela falecida Pandora Books. Nelas, Alan Moore traz personagens inesperados lidando com fatos também inesperados. Por exemplo Jack B. Quick, com quem Alan More faz pareceria com Kevin Nolan. Jack é o menino-gênio que inventa gatos voadores passando manteiga em suas costas, pois gatos sempre caem em pé e pães com manteiga, sempre com a manteiga para baixo, com Kevin Nolan. Com sua mulher, Melinda Gebbie, Moore faz a mais experimental das seções da revista com a investigadora lésbica Cobweb. Com Rick Veitch temos uma homenagem ao Spirit de Will Eisner em Greyshirt. Ao lado de Jim Baike temos o hilário e cheio de paródias ao estilod e vida americano, os patrióticos First American e U.S.Angel. Por fim, ao lado de Hilary Barta, saiu Splash (!!!) Brannigan, o pote de nanquim vivo!

DC2piores
Sempre existe alguém que está pior que você!
SUPER-HOMEM E BATMAN: OS PIORES DO MUNDO, DE EVAN DORKIN, BRIAN BOLLAND E VÁRIOS ARTISTAS
Batmirim e Sr. Mxyptlk estão querendo sacanear de novo o Batman e o Super-Homem, mas de repente se veem numa briga épica de poderes mágicos que pode colocar o mundo e a realidade em risco. Então eles vão fazer de tudo para provar que Batman e/ou o Superman são os melhores naquilo que fazem e o que fazem é muito divertido. Escrito pelo roteirista da MAD Evan Dorkin e desenhado por vários desenhistas de vários estilos, incluindo o mega-blaster desenhista Brian Bolland. Essa HQ é tão hilária quanto as coletâneas Bizarro Comics. Imperdível!

Os personagens da Charlton em Pax Americana
Os personagens da Charlton em Pax Americana
MULTIVERSIDADE: PAX AMERICANA, DE GRANT MORRISON E FRANK QUITELY
Seria Pax Ameicana uma forma de Morrison homenagear o Watchmen de Alan Moore ou uma forma dele mostrar, olha aqui seu barbudo, é assim que se faz direito! Seja um ou seja outro, o resultado é muito legal, bonito e bem engendrado e ainda cabe dentro do que Morrison se propôs para Multiversidade. Se você quiser uma análise mais completa dessa história, pode clicar nesse link.


DC Comics Coleção de Graphic Novels Eaglemoss
DC Comics Coleção de Graphic Novels Eaglemoss
SUPERMAN: O ÚLTIMO FILHO, DE RICHARD DONNER, GEOFF JOHNS E ADAM KUBERT
Pegar o diretor de Superman: O Filme e juntá-lo com o seu ex-assistente que simplesmente AMA a DC Comics em todos os sentidos foi uma sacada de gênio, até para poder chacoalhar mais o universo do Superman, que sempre está precisando de uma chacoalhada – mas que nem sempre acaba dando certo. O mote era: “E se o Superman tivesse um filho? Como isso seria? Como se daria? O filho seria mesmo de Superman? Ele seria kryptoniano também?” Todas essas perguntas são respondidas nesta edição que conta com a bela arte noventista de Adam Kubert – reparem que isso é um elogio! Uma ótima edição que faz parte da Coleção de Graphic Novels DC Comics da Eaglemoss. Para ler mais e refletir sobre essa história, por favor, clique neste link.


images.livrariasaraiva.com.brBATMAN & ROBIN: NASCIDO PARA MATAR, DE PETER J. TOMASI E PATRICK GLEASON
Peter J. Tomasi sempre foi um editor de publicações da DC Comics, porém lá pelos anos 2000, ele resolveu escrever também. Seu primeiro trabalho de destaque foi A Tropa dos Lanternas Verdes, em que escreveu a fase da Guerra dos Anéis, em diante. Foi lá que ele fez uma parceria sólida com o desenhista Patrick Gleason. Com a chegada dos Novos 52, a dupla foi encarregada do título Batman & Robin, um dos melhores da iniciativa. Além de trazer histórias ternas de pais e filhos (da maneira que Bruce e Damian possam permitir), também tem muita ação e suspense nas histórias, o que faz você ler o encadernadão de mais de 300 páginas disparando por suas folhas. Uma ótima leitura.

DC2flash
FLASH: SEGUINDO EM FRENTE, DE BRIAN BUCCELLATTO E FRANCIS MANAPUL
Não tem como ficar indiferente à arte em conjunto de Brian Bucellato e Francis Manapul. Desde que se juntaram pela primeira vez na lindas histórias do Superboy em Adventure Comics foi um deleite para os fãs. Além disso havia o roteiro bem trabalhado de Geoff Johns para dar apoio. Então eles foram para a série do Flash, pré-Flashpoint e elevaram ainda mais o nível a sua narrativa. Lembrando que as cores de Brian além de servirem para a narrativa o tornam um dos melhores profissionais da área. Então, nos Novos 52, eles assumiram toda a série do Flash, inclusive o roteiro. E o resultado foi fantástico, trabalhando layouts e imagens com maestria. Um belo encadernado que nos deixa a esperar pela continuação!


É isso aí, espero que tenham gostado da nata da DC para esse ano. E em breve, viemos com os melhores da Marvel! Fique ligado! Abraços!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Entrevista com Gerardo Preciato e Daniel Bayliss


E N T R E V I S T A




Olá meus amigos, hoje temos uma postagem especial, para trazer a vocês uma entrevista com os autores de duas webcomics; que foram postadas aqui no blog, que teve uma grande repercussão entre nossos amigos (Batman: O Acordo, e Superman: O Ultimo Deus). E também para anunciar um novo projeto do blog para 2016, que será trazer outros trabalhos deste dois grandes artistas mexicanos dos quadrinhos.

Conheçam então Gerardo Preciato e Daniel Bayliss, e o seu belo trabalho.




Gerardo Preciado é um escritor, ator e músico nascido em Chihuahua, México, em 18 de agosto de 1979. Ele desenvolveu um amor pelas história em quadrinhos, filmes e música no início, principalmente a partir de seu irmão mais velho ( baterista) e seu pai, um grande fã dos Beatles.
Ele já atuou em curtas-metragens como Corredores da Morte contra as Mulheres Vampiras, O Homem da Mão Peluda e Il Proiettile Insanguinato, todos dirigidos pelo irmão Roberto Preciado. Em 2013, ele ganhou um elogio de Robert Rodriguez, por twittar-lhe uma "idéia inicial" para o curta-metragem.
Como músico, ele lançou seu primeiro álbum Revelator como The Atlantas em 2008, Metropolypse (2009) e Lux Speculum (2010) seguido
Em 2011 ele começou a Musike Di Diable, uma gravadora um homem, onde ele atua como produtor, compositor, artistas e toca todos os instrumentos, o primeiro lançamento sendo uma compilação de seu projeto anterior The Best of the Atlantas, ele também assinou garagem para um homem duo Ambidextroux e banda eletrônica velha synth escola antiga Ordem dos Droids (a si mesmo). Ele está atualmente focado em escrever música para filmes, bem como desenvolver novos actos para a etiqueta.

Ele conheceu o artista Daniel Bayliss na faculdade enquanto estudava Arquitetura, e setornaram grandes amigos e começaram a fazer quadrinhos e música, em 2011 eles começaram a fazer os contos que acabaria por se tornar Moonhead Press, o primeiro a ser publicados, uma homenagem a Batman intitulada O Acordo, que tive mais de um milhão de visualizações na primeira semana de lançamento, o Ultimo Deus sobre o arquétipo de Superman foi um sucesso de crítica também, eles estão atualmente preparação a sua primeira graphic novel.






Daniel Bayliss é um caricaturista mexicano e criador de histórias em quadrinhos. Nascido em 02 de dezembro de 1979 na cidade de Hermosillo. Ele estudou arquitetura na Universidade de Sonora, e trabalhou nesta área por vários anos.
Seu trabalho como cartunista foi publicada em revistas políticas mexicanos desde 2002. Em 2011 ele crioudeathtotheillustraitor.blogspot.com com suas próprias ilustrações originais.
No verão de 2013, ele e seu amigo de muitos anos, o escritor Gerardo Preciado criaram Moonhead Press como a saída para muitas histórias curtas que tinham produzidos juntos. No Moonhead Press eles lançaram, uma homenagem a Batman e o Coringa (O Acordo) e O Ultimo Deus (homenageando Superman).
Eles estão trabalhando em sua primeira Graphic Novel.
Ele está atualmente trabalhando no Crescimento Studios a nova série Translucid, escrito por Coheed and Cambria vocalista Claudio Sanchez e esposa Chondra Echert.

Daniel Bayliss vive em Hermosillo, México com sua esposa Karla e seus dois filhos, Daniel e Barbara.


Entrevista com Gerardo Preciado e Daniel Bayliss,

Autores de Batman: O Acordo.


Batman: O Acordo, foi um grande sucesso e seu primeiro post como essa história nasceu?


Geraldo Preciato: Ela nasceu ao falar com um amigo que está tentando trabalhar para a DC Comics, e eu disse a ele que eu não achava que eu poderia vir a escrever uma história de Batman, que, é claro, tornou-se uma pequena semente em minha cabeça e de repente veio a súbita ideia, falei com Daniel, e ele acreditou que poderia fazê-lo, você vê, isso é o meu tipo de trabalho em Moonhead Press, para chegar a uma história conto com o esforço que o Daniel coloca sobre ela, por isso, se ele não gosta da ideia, nós não fazemos.


Daniel Bayliss: Bem, é realmente fácil de trabalhar desta forma, e com o tipo incrível de histórias que Gerardo cria é sempre agradável trabalhar.


Você usou o Coringa, um dos vilões mais queridos pelos leitores, dando-lhe uma caracterização forte e fascinante, o que é o Coringa em sua opinião, o que o torna tão amado?



Geraldo Preciato: Eu acho que as pessoas gostam dele, porque eles gostariam de deixar de seguir todas as regras e todas as responsabilidades, e apenas ser livre, livre para fazer o que quiser, independentemente das consequências. É claro que ele é um gênio do crime, mas a maioria das pessoas concordaria que ele é louco, eu pensei, e se nós fossemos todos loucos, e ele a exceção? e que Batman seria o mais louco de todos?




Batman - O Acordo:
http://www71.zippyshare.com/v/vhRn6Va9/file.html



Quais autores te inspiraram para Batman: O Acordo, e que geralmente influenciam seus trabalhos, de forma gráfica e do lado da narrativa?


Geraldo Preciato: É claro que eu amo Alan Moore e Frank Miller, mas eu realmente não lia Batman a um bom tempo, por isso acredito que não nos baseamos em nenhuma história de Batman em particular para criar “O Acordo”, eu estava mais influenciado por histórias em quadrinhos indie, especialmente o criador indie de assumir caracteres tradicionais, como Estranhas Aventuras e Mundo Bizarro.


Daniel Bayliss: Eu fui fortemente inspirado por Batman Ano 100 de Paul Pope, e muitos dos artistas de Batman Black and White, mas também a arte do brasileiro Rafael Grampá e estranhamente Al Columbia foi muito presente na minha mente no momento em que trabalhava. Graficamente eu queria ter uma uma sensação de animação muito bruto para ele, e não torná-lo parecido com o seu quadrinho americano convencional e regular.


Você pode nos contar alguns detalhes sobre o seu método de trabalho? Como as fases suas ideias passam a se tornar-se um webcomic?


Geraldo Preciato: A forma como Daniel e eu trabalhamos é muito simples, eu simplesmente escrevo, e passo-lhe uma idéia, normalmente ele começa a desenhar coisas no local, em seguida, discutimos a sensação e as impressões, como os personagens devem ser a semelhança e assim por diante, ele começa com um rascunho, enquanto eu vou trabalhando com o diálogo, se em certa fase vemos que algo não está legal nós mudamos, então ele arte finaliza as páginas e está feito.



Daniel Bayliss: E como só trabalhamos tarde da noite, todo esse processo envolve quantidades absurdas de cafeína, (risos).




Sua webcomic foi publicado em inglês, espanhol, português, alemão e também em italiano, tão grande foi o sucesso e como geograficamente foi sendo divulgado?


Geraldo Preciato: O Acordo, teve mais de 1,3 milhão de visualizações em todo o mundo, tem sido visto em todo o lugar, América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, praticamente em todos os lugares. Ainda estamos impressionados com a repercussão.


Daniel Bayliss: É inacreditável o número de pessoas que tinham visto nosso trabalho, nós nunca esperávamos esse tipo de reação quando postamos no nosso blog pensávamos que só nossos amigos iriam dar uma olhada no trabalho, talvez umas duas centenas de pessoas, mas a coisa acabou ganhando uma vida própria.


Depois de Batman: O Acordo, Demolidor: O Homem Sem Sentido da Moda! uma história bem-humorada, El Cid um horror ocidental, uma história de horror clássico como final de 6C e uma história em quadrinhos de super-heróis: O Ultimo Deus, novamente publicada. Fica claro que vocês gostam de variar os gêneros! O que devemos esperar da próxima história?


Geraldo Preciato: Desde o início queríamos um blog para se assemelhar a uma revista de antologia como Heavy Metal, é por isso que o tipo de histórias e até mesmos os estilos de ilustração variam muito de uma história para outra. Acho que vamos produzir um pouco mais de sci fi e um pouco mais de humor.



Daniel Bayliss: Agora temos uma nova história, envolvendo um outro grande arquétipo de super-herói, e ela está recebendo muitos comentários.

Fonte: 

Gaucho Negro RLSH, Protetora Pet e Defensor no traço de Oscar Suyama Junior



Defensor - Defendendo as vítimas de bullyng


Protetora Pet - Defensora dos direitos dos animais


O Trio Justiça - Só falta o Romeu, o Capeto da Protetora Pet pro grupo estar completo...


Naõ é capa, viu galera, é um poncho...


Essas artes foram meu presente de natal... Obrigado Oscar!!! Mais uma parceria direto do Avalanche Alien para o mundo... E em 2016 uma grande história do Negroverso pra vcs com esse grande artista...

Artes inéditas de Joe Bennet


Foi encomendado no inicio deste ano que acaba em poucos dias um trabalho publicitário....O cliente queria lançar um produto e queria sua própria Liga Da Justiça...Eu propus uma Liga brasileira...em que cada personagem gringo fosse adaptado para uma região do Brasil....O projeto não vingou mas ficaram as artes...Conseguem descobrir qual região/estado cada herói ai represente e seu referente herói original?

Joe Bennet


Esse pra mim tem tudo a ver com o Gaucho Negro RLSH numa versão do Joe Bennet... o visual e as cores estão de acordo com o justiceiro sulista...







segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Super-heróis à francesa I: Mais hardcore que os americanos




Desde que foram criados nos anos 30, os super-heróis são um símbolo da banda desenhada americana. Para alguns puristas mais retrógrados e regionalistas, são a prova da inferioridade intelectual da banda desenhada americana face à europeia, uma temática infantil sem possibilidades de exploração. Mas se há uma coisa que a banda desenhada francesa sempre teve é amplitude de temáticas, e dentro destas também há espaço para os super-heróis, que geralmente eram editados em revistas a preto e branco de dimensões em redor dos 13x18 cm, chamadas petits formats.



Um dos mais antigos super-heróis franceses, e um dos maiores sucessos da sua época, foi Fantax. Criado em 1946 pelo editor Pierre Mouchot, Fantax era inspirado visualmente no Hourman da DC Comics, com um uniforme preto e vermelho, com um F vermelho bordado na camisa, e possuía inteligência, força e agilidade sobre-humanas. O seu alter-ego era Horace Neighbour, um aristocrata inglês que trabalhava como diplomata nos Estados Unidos. As suas primeiras histórias, publicadas no jornal semanal Paris-Monde Illustré, foram escritas por Marcel Navarro, usando o pseudónimo anglófono J.K. Melwyn-Nash, com arte do próprio Pierre Mouchot, que assinava com o nome Chott. As histórias tentavam evocar deliberadamente um estilo mais americano que francês, e eram bastante inspiradas em pulps americanos com algum nível de sordidez.


Mouchot deu a Fantax a sua própria revista em petit format, em 1946, tendo sido publicadas 39 edições até 1949, na sua maioria escritas por Melwyn-Nash e desenhadas por Chott, mas também passaram pelo título Robert Rocca como artista e o próprio Chott como escritor. A revista foi cancelada pela lei francesa publicada em 16 de Julho de 1949, que obrigava a BD a ser submetida a um painel censor para aprovação, e que atacava directamente os petits formats a preto e branco e as importações americanas, com as suas temáticas centradas em ficção científica e combate ao crime. Mesmo assim, Fantax regressou no mesmo ano numa novela ilustrada, escrita por J.F. Ronald-Wills, pseudónimo de André Compère, escritor de livros policiais e de ficção científica mais conhecido como Max-André Dezergues.



Em 1951, Chott voltou à carga com o artista Rémy Bordelet, com uma série contínua na revista Reportages Sensationelles, material que foi republicado numa nova série de nove números editada em 1959. Pelo caminho, Pierre Mouchot tentou aproveitar o conceito numa forma mais ligeira, intitulada Black-Boy, que afirmava ser Horace Neighbour Jr., filho de Fantax, sem máscara, com moto, e com menos tortura e corpos estropiados. Foram publicadas várias histórias nas revistas Rancho, Special Rancho e Fantasia, entre 1957 e 1961, e com autoria de Chott, Bordelet e Francis Péguet. Em 1961, Pierre Mouchot foi forçado a fechar a sua editora, a S.E.R., e, debilitado pelos confrontos legais com a censura, morreu cinco anos mais tarde. A primeira série de Fantax foi editada em quatro Intégrales entre 2010 e 2013.



Um dos heróis preferidos dos completistas, mas esquecido do público geral, é Satanax. Um alquimista deu ao anónimo escrivão Arsène Satard poderes que são activados em contacto com o fogo, incluindo força extrema, invulnerabilidade e levitação. Satanax foi criado em 1948 pelo escritor Jean d'Alvignac e pelo artista Auguste Liquois, e teve direito a 16 histórias publicadas em revista própria até 1949, pela Éditions Mondiales. Com um nome algo ambíguo, Satanax apenas foi reeditado em 1977 em três volumes.


Um contemporâneo de Fantax e de Satanax era Tom X, mais um herói com a letra X. Tom X foi criado por Robert Bagage, mais conhecido pelo seu pseudónimo, Robba, que escreveu e desenhou as suas aventuras, com ajuda de Louis Auger. Tom X não tinha poderes, mas era um daqueles Da Vinci modernos tornados famosos pelos pulps e pelos penny dreadfuls, neste caso um aviador, explorador e cientista. Robba editou 24 histórias de Tom X em revista própria, pela sua própria editora, a Éditions du Siècle, de 1946 a 1947. Estas histórias nunca foram republicadas.



Robba teve mais sucesso com Super Boy, que nada tem a ver com o Superhomem. Super Boy, em duas palavras, começou por ser uma simples revista em petit format, lançada em 1949, mas em 1958 finalmente lançou uma personagem com este nome. Este Super Boy era filho de um cientista e não tinha poderes próprios, mas o seu cinto permitia-lhe voar e a o capacete com viseira transparente tinha um rádio embutido. O seu uniforme era vermelho e amarelo, com as letras SB na camisa. Super Boy foi publicado regularmente até 1970, primeiro com argumento de Schwarz, aparentemente um pseudónimo da mulher de Robba, e arte de Félix Molinari. Molinari continou a trabalhar até 1970, a partir daí dando lugar a uma série de artistas espanhóis, incluindo o consagrado José Ortíz, continuando a chegar às bancas até 1986, altura em que os petits formats estavam em rápido declínio.



Mais relacionado com ficção científica, Fulguros começou com um uniforme com capa e máscara, mas rapidamente abandonou este visual para se tornar um cientista aventureiro, com uma série de inimigos. Fulguros foi publicado em 12 partes na revista Andax em 1946, e reimpresso um ano depois na revista Pic-Nic. O seu criador, o artista René Brantonne, contava com a ajuda do escritor de ficção científica, Robert Colliard, mais conhecido como R. Lortac, para escrever os argumentos, mas a falta de tempo, por ser ilustrador de livros de ficção científica, só lhe permitiu regressar a Fulguros em 1954, na revista feminina Sylvie, onde teve pouco sucesso numa aventura em seis partes. Mais três histórias foram publicadas em 1959 na revista Audax, e as histórias foram reimpressas em 1967 na revista Meteor.


Mister X não tinha superpoderes, mas tinha um uniforme colante vermelho, distinguindo-se facilmente pelo seu cachimbo. A lista dos seus vilões contava com algumas personagens comunistas ou com fisionomia asiática, ao estilo yellow peril, tornado popular por Fu Manchu. Mister X foi criado por André Roger e André Bohan, e foi publicado na sua própria revista, editada pela Elan, com 22 números entre 1949 e 1951. Uma segunda série de 10 números foi publicada em 1951. Este material permanece esquecido.



Finalmente, Jacques Flash também não tinha superpoderes, com excepção de um soro de invisibilidade. Jacques Flash era um jornalista que recebeu este soro do professor Folven. Apesar de ter surgido mais tarde que quase todos os heróis apresentados até agora, era mais tradicional, até porque foi publicado na revista Vaillant, e na sua sucessora, a Pif. Foi criado pelo escritor Jean Ollivier e pelo artista Pierre Le Guen, com três histórias publicadas entre 1957 e em 1959. Voltou para uma série de histórias mais frequentes, que foram publicadas de 1960 a 1973. Ollivier (conhecido por ter trabalhado com o artista português Eduardo Teixeira Coelho em Ragnar Le Viking) escreveu três histórias de Jacques Flash, desenhadas por Gerald Forton, mas depois, por estar ocupado como editor da revista, deixou o lugar ao escritor Pierre Castex. René Deynis e Max Lenvers desenharam a maior parte das histórias, que contabilizam um total de 54. Foi reeditado em seis volumes em 1977.


A temática dos super-heróis à francesa vai regressar ocasionalmente. A próxima edição vai dedicar-se em exclusivo ao universo da Éditions Lug.

Fonte: http://bongop-leituras-bd.blogspot.com.br/