segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Cronicas do Gaucho Negro.
Cronicas do Gaucho Negro.
Ano 1982. inicio do tráfico de entorpecentes no meu bairro. 3 traficantes, maiores de idade, começam a barbarizar no meu bairro. seguem-se roubos, estupros, eliminação de desafetos, queimas de arquivo, morte de inadimplentes com o trafico... mais ou menos seis meses depois dessas ocorrencias, cinco pais de familia, fazem um plano. vestem-se de negro. armam-se até os dentes, e saem para caçar. a noite escura de julho, com seus trovões e chuva, debaixo do frio do inverno, deixam duvida se os sons ouvidos na madrugada, na quadra de esportes, são trovões, ou tiros.
de manhã, depois de uma noite inteira de chuva, tres corpos são encontrados na quadra de esportes. seus corpos estão praticamente desfigurados de tantos tiros e cortes de facão. e em letras vermelhas, um aviso: "quem fizer, neste bairro, o que eles fizeram, MORRE". cinco heróis, cinco pais de familia, homens na faixa dos 40 anos na época.
passados quase 30 anos deste episódio, ainda existem traficantes no meu bairro e ainda existem viciados. mas os mesmos, se limitam a no máximo, pedir uns trocados para os caminhantes. eles esmolam... se cometem algum delito, é fora do bairro. se brigam entre eles, danen-se. o que importa, é que os moradores estão em paz. tudo, porque as eltras vermelhas ainda estão lá no chão, e os viciados de hoje, desde crianças escutam, a históris dos cinco homens de negro, que eliminaram exemplarmente, os primeiros traficnates do meu bairro. diz a lenda, que os homens de negro, ainda estão por ai...
Gaucho
tenho uma revelação a fazer: um deles era meu falecido pai. morreu no ultimo dia das mães, aos 74 anos, saudavel e cheio de vida. me contou toda a verdade, quando eu fiz 15 anos, embora eu já desconfiasse. num dia de chuva copiosa na minha mais tenra infancia o vi enterrar, uma caixa de madeira, nos fundos do nosso pátio. ele desenterrou a caixa, e tirou de dentro, uma roupa de vigilante e uma mascara de carnaval, de um certo cavaleiro das trevas... me contou toda verdade, dizendo, que cada um dos cinco, contaria a seus filhos, no tempo certo, o acontecido, falando só de si mesmo, sem revelar quem eram os outros... ele revelou sua participação nesta história a mim seu unico filho. tenho orgulho do que meu pai fez, e embora pense que a outras formas de combater o crime sem matar, reconheço que o temor dos traficantes diante da lenda, continua a existir... ainda mais depois que foi visto um homem de negro circulando pelo bairro durante a madrugada... por isso, acredito que a pena de morte pode diminuir os crimes. se não houver inpunidade, o bandido também pensa duas vezes antes de agir...
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