18/09/2012 - 9h19
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um atentado à bomba, em Cabul, capital do Afeganistão, matou 12 pessoas, entre elas oito trabalhadores sul-africanos. O atentado suicida foi assumido pelo grupo Hezb e Islami que diz ter promovido a ação hoje (18) para “vingar” a divulgação do filme, produzido nos Estados Unidos, que satiriza o profeta Maomé e o islamismo. O porta-voz do Hezb e Islami, Zubair Sidiqi, disse que o atentado foi provocado por Fátima, uma das integrantes do grupo.
Os oito sul-africanos trabalhavam em uma companhia de aviação privada. O ataque ocorreu em uma avenida de Cabul que liga o centro da cidade ao aeroporto da capital. Em comunicado, a polícia afegã informou que o atentado ocorreu pela manhã, quando um carro explodiu.
O grupo Hezb e Islami é considerado o segundo mais importante entre os radicais afegãos, depois dos talibãs. É liderado por Gulbuddin Hekmatyar, ex-chefe da resistência à invasão soviética (1979-1989) no país. O grupo se concentra no Leste do Afeganistão e nos arredores de Cabul.
As manifestações contra o filme entram hoje no sétimo dia. Na Tailândia, cerca de 500 muçulmanos protestaram hoje em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Bangcoc.
Ontem (17) a representação diplomática dos Estados Unidos na Tailândia informou o encerramento das atividades devido às manifestações. Houve protestos ainda em mais 20 países, incluindo Afeganistão, Paquistão, Indonésia, Índia e Líbano.
Na Índia, em Srinagar, a maior cidade da Caxemira, centenas de manifestantes muçulmanos entraram hoje em confronto com forças de segurança, queimando um veículo. Um protesto contra o filme obrigou os comerciantes e empresários a fecharem lojas e empresas, no centro de Srinagar. A Índia tem aproximadamente 150 milhões de muçulmanos.
Durante o protesto em Srinagar os manifestantes atiraram pedras e queimaram um carro da polícia, enquanto as forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Os manifestantes, a maioria jovens, gritavam palavras de ordem contra os Estados Unidos e queimaram bandeiras norte-americanas e israelenses.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Lílian Beraldo
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