Nunca fui assaltado na minha vida! E o motivo pelo qual um desgraçado desses não assalta um cara do meu tamanho, é porque ele sabe o que homens como eu fazem com assaltante. Esses covardes sabem o que acontece quando um homem do meu tamanho reage. E fico pasmo em pensar que muitos que defendem os DH ficariam indignados se eu torturasse um bosta desses. Agradeçamos a classe politica por esses cobardes andarem á solta nas ruas...Eu exijo a pena de morte, exijo a morte desses tipos... GN
FOLHA.COM, 22/10/2012 - 07h00
'É o que acontece com quem reage', diz ladrão que matou garota
GIBA BERGAMIN JR.
DE SÃO PAULO
"É o que acontece com quem reage", disse o ladrão após matar com dois tiros na nuca a estudante Caroline Silva Lee, 15, em Higienópolis, na madrugada de ontem.
A jovem foi morta na frente do namorado segundos após eles serem abordados por ladrões quando caminhavam na volta de uma festa. Os três criminosos fugiram num Fiat Idea roubado pelo bando na semana anterior.
O trio foi preso cerca de dez minutos após o crime, durante troca de tiros com policiais militares na avenida 23 de Maio. Com eles estavam os celulares do casal e a máquina fotográfica da vítima.
"Ela não reagiu", disse à polícia o namorado de Caroline, um auxiliar de serviços de 24 anos, em depoimento à polícia. Com medo, ele pede para não ser identificado.
O relato contradiz o depoimento de Marcus Vinícius Correa Gomes, 19, que afirma ter atirado na jovem com um revólver calibre 38, após ela reagir. Ele agiu com os comparsas Alex Rodrigues Venâncio, 18, e Claudinei Avelino Modesto, 18 --todos com passagens pela Fundação Casa por tráfico, roubo e furto, respectivamente.
Segundo a polícia, Gomes riu na delegacia ao falar do crime. Os dois comparsas também debocharam da vítima, segundo a delegada Leslie Caram Petrus. A Folha não localizou os advogados deles.
De acordo com a testemunha, Gomes e Venâncio os abordaram quando o casal caminhava em direção à academia do rapaz, em Santa Cecília. Eles exigiram as mochilas dos dois, que foram entregues. O namorado disse ainda que, sem motivo, Gomes deu dois tiros e fugiu com Venâncio. A polícia suspeita que ambos se encontraram com o terceiro ladrão, Modesto, que estava no Idea.
Acionados, PMs iniciaram buscas e localizaram o carro na rua da Consolação. Uma perseguição teve início e, já na 23 de Maio, o Idea bateu em outro carro e parou.
O trio desceu e Gomes atirou contra PMs, que revidaram. Depois, se entregaram.
Na delegacia, confessaram ter roubado o Idea domingo retrasado, após renderem um pastor adventista e sua família, no Brooklin. Roubaram laptops, celulares, R$ 50 e fugiram no Idea. "Um deles dizia: 'Deus, o que estou fazendo?'", disse o pastor à Folha.
Os ladrões disseram que, de um domingo a outro, fizeram vários assaltos.
O namorado reconheceu os dois celulares, a máquina fotográfica e o MP5 que estavam na bolsa de Caroline.
"Ela gostava de música -raspou a lateral do cabelo para ter um estilo 'rock n'roll'", disse a mãe Maria. Fazia aulas de acupuntura para seguir o ofício do pai, coreano, morto em 2005, de câncer.
Na mochila dela também foi achada uma agenda, onde estava escrito: "Preste atenção e veja o que não verá mais. O material tirou-lhe este direito de viver".
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
'Filha, vai ter justiça', diz mãe da menina morta em Higienópolis
Sob efeito de calmantes, a recepcionista Maria Lee, 40, chora ao mostrar a carteira de trabalho da filha Caroline Silva Lee, 15. "Sempre foi estudiosa e, por isso, ganhou uma bolsa no Colégio São Luís [nos Jardins] há dois anos. Sonhei tanto em ter uma menina e a perdi tão cedo."
A jovem foi morta na frente do namorado segundos após eles serem abordados por ladrões quando caminhavam na volta de uma festa na região de Higienópolis, na região central de São Paulo. Os três criminosos foram presos cerca de dez minutos após o crime.
Rubens Cavallari/Folhapress
Maria do Livramento da Silva, mãe da adolescente Caroline, 15, que foi morta em assalto em Higienópolis
Folha - Fale da Caroline.
Maria Lee - Ela queria vencer. O pai dela faleceu há sete anos e, para me consolar, disse: 'mãe, todos nós vamos. A certeza da vida é a morte'. Mas não imaginava que morreria na mão de assassinos por causa de um celular. Quando a gente precisa de ajuda, cadê? Não falam que vão colocar polícia na rua? O namorado dela disse que pediu socorro e ninguém parou.
Como foi sua última conversa com ela?
Ela disse que iria à festa de 18 anos da amiga com quem ela foi criada, e que depois iria à academia do namorado. No IML, beijei os pés dela e disse: "Filha, vai ter Justiça".
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Eis aí sinais de rompante de um bandido cruel que sabe que vai ficar impune diante das leis benevolentes graciosamente distribuídas pelos nossos parlamentares à bandidagem, complementadas por uma justiça tolerante e aberta à aplicação de medidas alternativas para compensar sua morosidade e inoperância. Está na hora de mudar a constituição federal e estabelecer pena perpétua para criminosos deste potencial de letalidade e pena de trabalho obrigatório para todos os apenados. Ou então mudar os parlamentares, trocando-os por pessoas com perfil de intolerância contra o crime, juristas rigorosos, policiais abnegados e militares que amam o Brasil. Só assim poderemos mudar a postura descompromissada de nossos representantes políticos nas questões de ordem pública e que envolvem vida e patrimônio das pessoas.
'É o que acontece com quem reage', diz ladrão que matou garota
GIBA BERGAMIN JR.
DE SÃO PAULO
"É o que acontece com quem reage", disse o ladrão após matar com dois tiros na nuca a estudante Caroline Silva Lee, 15, em Higienópolis, na madrugada de ontem.
A jovem foi morta na frente do namorado segundos após eles serem abordados por ladrões quando caminhavam na volta de uma festa. Os três criminosos fugiram num Fiat Idea roubado pelo bando na semana anterior.
O trio foi preso cerca de dez minutos após o crime, durante troca de tiros com policiais militares na avenida 23 de Maio. Com eles estavam os celulares do casal e a máquina fotográfica da vítima.
"Ela não reagiu", disse à polícia o namorado de Caroline, um auxiliar de serviços de 24 anos, em depoimento à polícia. Com medo, ele pede para não ser identificado.
O relato contradiz o depoimento de Marcus Vinícius Correa Gomes, 19, que afirma ter atirado na jovem com um revólver calibre 38, após ela reagir. Ele agiu com os comparsas Alex Rodrigues Venâncio, 18, e Claudinei Avelino Modesto, 18 --todos com passagens pela Fundação Casa por tráfico, roubo e furto, respectivamente.
Segundo a polícia, Gomes riu na delegacia ao falar do crime. Os dois comparsas também debocharam da vítima, segundo a delegada Leslie Caram Petrus. A Folha não localizou os advogados deles.
De acordo com a testemunha, Gomes e Venâncio os abordaram quando o casal caminhava em direção à academia do rapaz, em Santa Cecília. Eles exigiram as mochilas dos dois, que foram entregues. O namorado disse ainda que, sem motivo, Gomes deu dois tiros e fugiu com Venâncio. A polícia suspeita que ambos se encontraram com o terceiro ladrão, Modesto, que estava no Idea.
Acionados, PMs iniciaram buscas e localizaram o carro na rua da Consolação. Uma perseguição teve início e, já na 23 de Maio, o Idea bateu em outro carro e parou.
O trio desceu e Gomes atirou contra PMs, que revidaram. Depois, se entregaram.
Na delegacia, confessaram ter roubado o Idea domingo retrasado, após renderem um pastor adventista e sua família, no Brooklin. Roubaram laptops, celulares, R$ 50 e fugiram no Idea. "Um deles dizia: 'Deus, o que estou fazendo?'", disse o pastor à Folha.
Os ladrões disseram que, de um domingo a outro, fizeram vários assaltos.
O namorado reconheceu os dois celulares, a máquina fotográfica e o MP5 que estavam na bolsa de Caroline.
"Ela gostava de música -raspou a lateral do cabelo para ter um estilo 'rock n'roll'", disse a mãe Maria. Fazia aulas de acupuntura para seguir o ofício do pai, coreano, morto em 2005, de câncer.
Na mochila dela também foi achada uma agenda, onde estava escrito: "Preste atenção e veja o que não verá mais. O material tirou-lhe este direito de viver".
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
'Filha, vai ter justiça', diz mãe da menina morta em Higienópolis
Sob efeito de calmantes, a recepcionista Maria Lee, 40, chora ao mostrar a carteira de trabalho da filha Caroline Silva Lee, 15. "Sempre foi estudiosa e, por isso, ganhou uma bolsa no Colégio São Luís [nos Jardins] há dois anos. Sonhei tanto em ter uma menina e a perdi tão cedo."
A jovem foi morta na frente do namorado segundos após eles serem abordados por ladrões quando caminhavam na volta de uma festa na região de Higienópolis, na região central de São Paulo. Os três criminosos foram presos cerca de dez minutos após o crime.
Rubens Cavallari/Folhapress
Maria do Livramento da Silva, mãe da adolescente Caroline, 15, que foi morta em assalto em Higienópolis
Folha - Fale da Caroline.
Maria Lee - Ela queria vencer. O pai dela faleceu há sete anos e, para me consolar, disse: 'mãe, todos nós vamos. A certeza da vida é a morte'. Mas não imaginava que morreria na mão de assassinos por causa de um celular. Quando a gente precisa de ajuda, cadê? Não falam que vão colocar polícia na rua? O namorado dela disse que pediu socorro e ninguém parou.
Como foi sua última conversa com ela?
Ela disse que iria à festa de 18 anos da amiga com quem ela foi criada, e que depois iria à academia do namorado. No IML, beijei os pés dela e disse: "Filha, vai ter Justiça".
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Eis aí sinais de rompante de um bandido cruel que sabe que vai ficar impune diante das leis benevolentes graciosamente distribuídas pelos nossos parlamentares à bandidagem, complementadas por uma justiça tolerante e aberta à aplicação de medidas alternativas para compensar sua morosidade e inoperância. Está na hora de mudar a constituição federal e estabelecer pena perpétua para criminosos deste potencial de letalidade e pena de trabalho obrigatório para todos os apenados. Ou então mudar os parlamentares, trocando-os por pessoas com perfil de intolerância contra o crime, juristas rigorosos, policiais abnegados e militares que amam o Brasil. Só assim poderemos mudar a postura descompromissada de nossos representantes políticos nas questões de ordem pública e que envolvem vida e patrimônio das pessoas.
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