Superargo é uma mistura de super-herói com aventuras policiais. Foi publicado pela GEP (ver), de Miguel Penteado, em 1967 e desenhado por Eugenio Colonnese (também assinando “Djan”) e Rubens Cordeiro.
Os roteiros ficaram por conta de Luiz Quevedo (também conhecido como Luiz Merí), Rubens F. Lucchetti, Rivaldo Macedo e o então iniciante Luscar.
A GEP era uma editora que costumava publicar os mais variados gêneros: ficção científica, guerra, super-herói, faroeste, humor, terror, etc. nacionais ou importados. Na linha de heróis, ficou lendária ao publicar três ótimas versões dos super-heróis Marvel: "Surfista Prateado", "Capitão Marvel" e "X-Men". O barato é que ela não se acomodava com o material importado e publicava também seus próprios personagens. Para os leitores de hoje, isso parece samba do crioulo-doido, mas naquela época as editoras não eram tão escravas do mercado e, assim, a rapaziada tinha um verdadeiro leque de opções.
Voltando ao Superargo: sua primeira HQ, "A ilha do terror", contava a história do Coronel Braga, membro intocável da Polícia Federal que tinha como missão combater o contrabando, mas que o fazia de forma incomum: trajava um uniforme amarelo e vermelho e cobria o rosto com uma máscara. A idéia era não ter, com o disfarce, sua nacionalidade reconhecida, evitando assim um incidente internacional. O único que sabia da sua dupla identidade era seu superior, um velho general que teve a idéia do Superargo.
Para combater a bandidagem, Braga/Superargo contava com vários apetrechos e armas, além de seu físico privilegiado, pois o herói era especialista em lutas acrobáticas.
A revista “Superargo” foi cancelada logo, e algum tempo mais tarde, a GEP também fechou as porta. Foram produzidos também pelo menos dois “Almanaques Superargo”: um provavelmente em 1967 e outro com certeza em 1968.
Antônio Luiz Ribeiro*
(publicado originalmente nos anos 90, no fanzine "Zona Total")
* agradecimentos a Marcos Moraes, da Gibimania.
Fonte: http://www.guiadosquadrinhos.com/
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