quarta-feira, 20 de março de 2013

Tia do Funk vai ao Rio gravar com Luciano Huck



Há dois anos ela fez uma tatuagem do ídolo no braço esquerdoCeleste admira Luciano Huck e resolveu fazer uma tatuagem no braço
Assine hoje o Diário de ViamãoAlexandre Bringhenti | Diário de Viamão
Loucura, loucura, loucura! Nesse final de semana, Celeste Dutra, de 55 anos, mãe de três filhos e moradora da Santa Isabel, mais conhecida como a Tia do Funk, embarca no próximo sábado (16) rumo ao Rio de Janeiro para participar da gravação de um programa da Rede Globo, o Caldeirão do Huck. Ao entrar no avião que a levará para a cidade carioca, Celeste estará prestes a realizar um de seus maiores sonhos: conhecer o apresentador Luciano Huck. A admiração é tanta que, há dois anos e meio, até uma tatuagem do famoso ela fez no braço. “Tudo o que ele fazia e continua fazendo pelas comunidades carentes me fascina. Por isso eu resolvi fazer uma tatuagem dele no meu braço”, afirma.
Mas para gravar a imagem de Huck em sua pele Celeste precisava arranjar dinheiro para pagar o serviço, avaliado em cerca de R$ 400. Através de seu perfil no Orkut ela buscou ajuda para realizar seu objetivo. Pela rede social, a Tia do Funk acabou encontrando o Fernando Tatoo, quem ela considera ser um dos melhores tatuadores da cidade. Ao saber o tamanho do apreço que Celeste tem por Luciano Huck, Fernando concordou em recebê-la em seu estúdio em um domingo e gravar a imagem do artista no braço de sua fã. A persistência de conseguir a tatuagem chamou a atenção de pessoas no centro do país. “Enquanto eu fazia a tatuagem, uma pessoa da equipe do Fernando tirou algumas fotos e postou na internet. Uma pessoa no Rio de Janeiro fez uma montagem com as fotos e postou no Youtube (Loucura de Amor Tia do Funk)”, conta. O vídeo acabou fazendo sucesso e alcançou a marca de mais de 13 mil acessos, chamando a atenção do apresentador da Globo.
“Na semana passada a assessora do Luciano, Sandra, me ligou convidando para participar do programa. Ela disse que o Huck estava no exterior e em breve retornaria ao Brasil e queria que eu fosse até o Rio participar do programa dele. Mas eu não sei exatamente como vai ser a minha participação. Se vai ser por causa da tatuagem, do trabalho que faço com os jovens ou até para o quadro Agora ou Nunca, que tentei várias vezes participar para conseguir um dinheiro e ajudar a garotada”, revela Celeste. A viagem está marcada para o sábado (16) e no domingo (17) a Tia do Funk, junto com seu filho, vai participar da gravação do programa, que ainda não tem data prevista para ser exibido. A única certeza que Celeste tem é que, independente do motivo de ter sido chamada para o Caldeirão, estará realizando um de seus sonhos. “Não importa a razão de eu ter sido chamada. Só de chegar lá e poder conversar, tirar foto e abraçar ele já vou estar muito satisfeita”, comemora.
Celeste realiza trabalhos sociais há sete anos
Celeste Dutra, a Tia do Funk, trabalha retirando adolescentes da rua e inserindo-os no meio cultural, através da arte do Funk há sete anos. Ela contou que, atualmente, trabalha com aproximadamente 500 artistas. Isso sem contar os seguidores, que volta e meia acompanham e participam das apresentações. As ações que promove com as apresentações dos grupos que coordena arrecadam fundos que são utilizados na tentativa de ajudar seus jovens artistas.
A medida, segundo Celeste, é uma tentativa de fazer com que os adolescentes não entrem para o mundo do crime. “Com a minha ajuda muitos meninos deixaram de se drogar. Os jovens que ocupam seu tempo sequer pensam em drogas ou qualquer outra besteira. Os que não fazem nada acabam entrando nesse mundo de violência”, destaca.
A Tia do Funk lamenta a enorme dificuldade que tem contra as dificuldades e o preconceito de algumas pessoas. Ela afirmou que shows já foram desmarcados por que as apresentações de funk eram consideradas por alguns como algo anti-cultural. Além disso, outro problema que ela tem é o de reunir os adolescentes para praticar as danças e os cantos. “São muitos grupos organizados e não tenho espaço para todos. Para ensaiar é preciso usar a internet, fazer visitas ou reunir alguns membros em algum lugar público, mas é mais difícil. Os passos são passados individualmente e isso prejudica as apresentações”, explica.
Quando precisa se deslocar para apresentações, Celeste aluga um ônibus e divide o valor da locação entre todos os participantes, pedindo também que tentem levar alguém junto para diminuir os custos. A Tia do Funk chegou a coordenar 40 grupos. Dentre todos, o que faz mais sucesso é ‘Os Tigrões’. 
O apelido
Celeste recebeu o apelido de Tia do Funk durante a gravação de uma entrevista.“Esse nome quem me deu foi a Rodaika (apresentadora da RBS TV), quando eu estava sendo entrevistada pelo Patrola. Isso faz mais ou menos cinco anos, quando o projeto estava começando ainda. O nome pegou e desde então as pessoas me conhecem por ele”, revela.

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