EM 7 DE ABRIL DE 2011 2 COMENTÁRIOS
Olá pessoal, sejam bem-vindos a minha coluna aqui no SOC! TUM! POW!. Hoje vamos falar de um antigo personagem da Marvel, O Anjo (The Angel).
Quando pensamos nos primórdios da Marvel ainda com o nome Timely, frequentemente lembramos dos 3 medalhões: Capitão América, Namor e Tocha Humana. Às vezes, essa lista inclui também Ka-Zar, herói saído diretamente dos pulps, mas é basicamente isso. Como a maior parte dos personagens criados na época acabou sendo engolida pelo tempo, os leitores de hoje se esqueceram do tanto que o período foi fértil – afinal era a Era de Ouro!
Foi neste período que surgiu esta pequena pérola, o Anjo, estreando na revista Marvel Comics nº 1, em outubro de 1939, que já na segunda edição mudou de nome para Marvel Mystery Comics e onde continuou sendo publicado até o número 79. Posteriormente, o herói continuou saindo como coadjuvante em vários outros títulos, incluindo The Human Torchainda na década de 40 e Sub-Mariner.
O Anjo foi criado por Paul Gustavson, desenhista que jamais esteve entre os top de linha das HQs, mas que chegou a obter algum destaque, principalmente nos anos 40. Gustavson já havia criado um ano antes o herói Arqueiro (The Arrow) para a Timely (segundo as más línguas, uma das inspirações para a criação do Arqueiro Verde, mais de dez anos depois), com muito pouco sucesso, porém este seu O Anjo se deu muito melhor.
Hoje seu visual extravagante pode provocar risos, com o uniforme azul celeste, as asinhas desenhadas no peito e principalmente o cabelo loiro com o bigode preto, mas na época, ele era o protótipo típico do super-herói, e um conceito interessante.
O ex-cirurgião Thomas Halloway, dono de uma pequena fortuna, resolve tornar-se uma espécie de detetive uniformizado valendo-se do conhecimento que tinha sobre o submundo do crime, pois cresceu acompanhando a vida dentro de um presídio, cujo pai era o diretor. A proximidade com os criminosos lhe deu uma visão única da forma como funcionava a cabeça dos marginais, recurso que ele aproveitou em sua maioridade. Foi inovadora a proposta de Gustavson de conceber seu herói não só sem uma máscara (até aí Superman também não usava), mas principalmente sem o desejo de esconder sua identidade secreta. O boa-praça Thomas Halloway não tinha nada a esconder de ninguém, antecipando em anos a ascensão de heróis como o Quarteto Fantástico.
Posteriormente, ele ganharia alguns super-poderes sendo o principal o “Manto Mágico de Mercúrio”, e sua origem seria revista e remodelada. Por conta de problemas de cronologia, anos depois a Marvel mudou o personagem que vestia o manto do herói em duas outras ocasiões, sendo a versão mais duradoura a de Simon Halloway, irmão do herói original.
Até hoje o personagem aparece ocasionalmente nas aventuras da Marvel como coadjuvante, e já teve arranca rabos como o Príncipe Submarino e o Agente Americano. Recentemente foi o narrador de Project Marvels, minissérie da editora relembrando as 7 décadas desde a época da Timely, como já foi visto anteriormente aqui no SOC!.
No Brasil, as antigas histórias da Era de Ouro saíram na revista O Globo Juvenil Mensal em 1941, e depois em O Guri, entre 1944 e 1948.
Escrito por Alexandre Callari.
Fonte: http://soctumpow.com/
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