Os jovens de hoje em dia nunca vão entender o que era ficar grudado na tela da televisão por no máximo uma hora antes de sua mãe reclamar que já era tempo demais e você tinha que fazer outra coisa. Nem vão entender o desespero que era não estar em casa quando nossos desenhos ou seriados favoritos estavam passando, mesmo tendo assistido o mesmo episódio por mais de trinta vezes.
Por isso, era brilhante a ideia da revista em quadrinhos Heróis da TV, que trazia nossos desenhos e seriados favoritos para as palmas de nossas mãos, bem antes de celulares, tablets e e-readers.
Foram praticamente 3 gerações dominadas por esta revistinha em quadrinhos. Na primeira leva, os quadrinhos tinham mais histórias dos estúdios Hanna-Barbera, incluindo aqui Scooby-Doo, Manda-Chuva e companhia. Além das adaptações dos desehos que passavam na TV, os quadrinhos também tinham histórias originais criadas pelos artistas brasileiros.
A segunda leva, tivemos os heróis do universo Marvel, como Homem de Ferro, Thor, Namor, Surgista Prateado e por aí vai. A série tinha muita inspiração nas séries da Marvel das décadas de 60/70.
(óia os Marvel antes das bilheterias bilionárias dos cinemas)
Finalmente, o auge da revistinha foi também o início de seu fim: a era Tokusatsu. Eram quadrinhos baseados nas séries dos heróis japoneses como Jaspion, Maskman, Spielvan, Black Kamen Rider, Changeman e Cybercop. Haviam inclusives séries que interagiam umas com as outras, com a exceção do Kamen Rider porque ele era foda.
Marcelo Cassaro, que ficou famoso com os quadrinhos Holy Avenger, era um dos contribuidores da revista Heróis da TV.
Ela marca uma era em que não tínhamos flexibilidade alguma em nossa programação. Corríamos para casa para conseguir pegar os desenhos na hora certa. Éramos extremamente pontuais. E revoltados: quando tirávamos um cochilo de tarde e nossa mãe não nos acordava para os seriados ou desenhos, era um choro só.
(tanta roupa robô legal e eles me vem com um Robocop novo anoréxico...)
O café da tarde normalmente era rápido para voltarmos logo para a frente da televisão. A revista heróis da TV era um alívio para nossa ansiedade, nossa espera pelo dia seguinte de seriado ou desenho, quando veríamos nossos heróis enfrentando os vilões que queriam dominar o mundo (também conhecido como Japão).
A tecnologia vem para facilitar muito nossa vida, já que podemos assistir nossos seriados favoritos a qualquer momento. O problema é que ela vem com uma grande dose de saudosismo, que é o combustível para essa seção da Nerd-Up.
(minha inspiração para ter virado motociclista!)
Eu vou ver se encontro alguma Heróis da TV esquecida na casa da minha Vó, que não deixava a gente ficar muito tempo na frente das telas da TV porque "a tela esquentava muito".
Quem encontrar também, mande fotos pra gente.
Fonte: http://www.nerdup.com.br/
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