Poesia de Anna an
Hey, você aí!
Você aí que continua parado. Que julga os mascarados.
Que chama de baderneiros todos os que subvertem a ordem.
Subversivos? Sim. Sempre.
Subverteremos até o fim da tirania que nos assola.
Subverteremos até o fim do Império que nos escraviza dia após dia.
Baderneiros? Sim. Sempre.
Faremos da baderna a nossa voz.
E saberão aqueles que nos desrespeitam do nascimento à morte que...
Por cada paciente a esperar na fila do hospital, queimaremos quantas lixeiras forem necessárias.
Por cada imposto pago a fim de enriquecer ditadores, picharemos a revolta.
Por cada pessoa morta no morro pela polícia, quebraremos todas as vidraças possíveis.
Vandalismo de verdade não se vê na TV.
Vandalismo de verdade a gente sente todos os dias, não vê?
A alforria contemplou a poucos.
Hey, você aí!
Você aí que continua parado. Que julga os mascarados.
Enquanto você trabalha pra sobreviver.
Enquanto você é escravo do poder.
Nós badernamos por você.
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