Os Heróis do mundo real
Seria o sonhos dos amantes dos quadrinhos de super-heróis poder sair na rua e dar de cara com seu herói preferido enfrentando criminosos e salvando o dia. Em muitas das revistas que lemos existem personagens que vasculham as ruas atrás de pessoas em dificuldades para poderem ajudar, fazendo realmente a diferença. Pois imaginem que isso não estão tão longa da realidade.
Não é de hoje que temos a notícia de alguma pessoa mascarada atuando em benefício das pessoas, tanto aqui quanto no exterior. À primeira vista parece-nos apenas uma piada ou algum cosplayer brincando com os amigos. Mas realmente isso é coisa séria.
Claro que o vilão em nossas cidades não é o Caveira Vermelha ou o Coringa, mas não é por isso que são menos importantes de serem combateidos. Traficantes, marginais, maridos violentos, valentões, homofóbicos, todos igualmente vilões. Além disso, temos crianças de rua e mendigos, dependentes químicos de drogas pesadas ou simples pessoas que abusaram um pouco do álcool.
Pois pessoas têm saído à rua para combater o crime e ajudar vestidos à caráter e com propostas sérias. São pessoas comuns e sem poderes, como você, eu ou Bruce Wayne, que saem pelas ruas da cidade com a tarefa de transformá-la em um mundo melhor. Eles fazem parte do movimento conhecido como RLSH, sigla para Real Life Super Hero.
Embora o movimento seja aparentemente mundial ainda não há uma verdadeira homogeneidade em suas ações, assumindo posturas diferentes conforme o país e a situação, de justiceiros armados à simples condutores de boa vontade e ajuda.
Como no próprio site do The Real Life Super Hero Project diz:
“Você reconhece um super-herói quando você olha um na cara? Você acha que esses homens e mulheres realmente existem? Se não, então olha. E pense novamente. Na verdade, existe uma subcultura verdadeira de heróis verdadeiros, que é a ponte entre o fantástico e o prático. Anônimos e altruísta, eles escolhem todos os dias, para fazer a diferença no mundo em torno deles. Quer se trate de alimentar os famintos, confortando os doentes ou a limpeza de seus bairros, eles salvam vidas reais de forma muito real. Estes não são "malucos em trajes", como pode parecer à primeira vista. Elas são, simplesmente, uma resposta radical ... para um problema radical.”
Esses heróis não têm nacionalidade, cor, credo, gênero ou idade, eles só possuem boa vontade e a visão de que um mundo melhor é possível. Na galeria de fotos dos heróis cadastrados no site temos as fotos de pessoas de todos os tipos e idades - inclusive crianças.
Essas crianças, por exemplo, encarnam Soundwave e Jetstorm, parceiros na atividade e heróis na vida real, resolveram colocar para fora seus instintos altruístas para ajudar os outros e eles dão uma aula de como todos nós deveríamos agir – “Se você pode andar, você pode ajudar alguém”. Para eles o trabalho como heróis começou em eventos de caridade ajudando desde na convocação de pessoas para doação de sangue até visitar hospitais para animar outras crianças.
Mas essa atividade vai muito além dos simples trabalho em eventos. Sites como o World Superhero Registry encara a atividade em todas as situações em que uma intervenção mais firme possa ser necessária. Eles dão dicas de como proceder mesmo em situação de grande violência recomendando meios não-letais, mas não excluindo outros.
Em fóruns como Therhls e sites como Superheros Anonymous a atividade é encarada de forma ainda mais profissional com sugestão de treinamento para defesa pessoal e armas não letais, tática, primeiros socorros, desenvolvimento de perícias específicas, exercícios e até mesmo dietas para melhorar a performance. Livros e documentários especialmente preparados ou pesquisados são disponibilizados para seus membros. Inclusive eventos para treinamento de interessados são organizados como o Superheroes Academy, que teve sua última edição em maio passado na cidade Americana de New Bedford.
Em sites como a Wikipédia há listas que mostram que esta atividade tem se difundido por um enorme número de países em todos os continentes e quando damos uma olhada na lista de registro do World Superhero Registry podemos comprovar isso com cada um dos heróis registrando suas motivações e formas de agir indo do simples serviço público até a luta contra o crime.
Meu primeiro contato com um de seus membros, aqui em Porto Alegre, foi com o auto intitulado Gaúcho Negro. Eu estava cobrindo um grande evento de quadrinhos aqui na cidade, a Multiverso Comic Con e vi aquela figura com uma parecia um personagem das histórias do Batman (que não me lembro ao certo qual o nome agora) e o fotografei como se fosse um cosplayer. Depois, conversando com ele pelo blog, descobri sobre o projeto que até então eu desconhecia.
Se você ficou curioso assista uma entrevista feita pela HBO (LINK) com Michael Barnett ou simplesmente coloque no Google ou no youtube o termo “rlsh”.
Um mundo melhor é possível!
Do Blog
http://confrariadearton.blogspot.com.br/
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