sexta-feira, 6 de julho de 2018

O sentinela da madrugada

O quero quero piou na madrugada
Entregando aquele que se esgueira em meio ao frio
Fazendo pouco caso do lodo e da lama
O viciado no caximbo serpenteia como serpente
Ele quer levar o que não lhe pertence
Subtrair o que não ajudou a construir
Espoliar o que nunca lhe fará falta

O quero quero da o alarme
O sentinela do inverno me avisa
Não é água, nem bichinhos muito menos uma brisa
Que se esgueira pelo chão enlameado
Meio gente meio bicho
Ausente da higiene e do capricho
Ele quer levar o que lhe dê 5 reais
Para sustentar o vício
E assim é a vida desse ente
Meio humano meio bicho

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