Menina de 14 anos com síndrome que impede movimentos faciais conta com a sua ajuda
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Priscila Milán
Foto: Fernando Planella/GES
Amanda: ela nunca conseguiu sorrir, mas a forma como vence as dificuldades é um exemplo de vida
A notícia de que a filha tinha deficiência física e uma síndrome que a impediria de sorrir e chorar abalou Elizete a ponto de pensar em desistir de lutar pela vida da menina. “Foi muito difícil quando descobri que ela não sorria nem chorava. Não sabia como cuidar dela. Cheguei a pensar em fazer uma loucura.” Adona de casa ficou desesperada. Preocupava-se com a criança, mas não tinha ideia do que ela sentia, se estava bem, com dor ou fome. Os familiares foram fundamentais, auxiliando-a nos cuidados com Amanda. “Os médicos diziam que não dava para descuidar.”
A partir dos 7 anos, a falta de expressões faciais não era tão desafiadora. “Eu comecei a entender o que ela sentia só pelo olhar.” Além disso, com essa idade, Amanda já tinha começado a falar, após tratamento com fonoaudiólogo. Para os demais, essa compreensão ainda é complicada, pois a timidez de Amanda impede, na maioria das vezes, que ela diga o que está sentindo.
Os quadros com mensagens bíblicas na sala da casa, em Gravataí, deixam evidente que Elizete buscou força para lutar pela vida de Amanda na fé. A dona de casa acredita, inclusive, que sua crença em Deus aumentou após o enfrentamento das maiores dificuldades. Contudo, destaca que a principal justificativa para tanta garra é o amor pela filha. “Tenho força por causa dela. Hoje, não sei o que seria de mim sem a Amanda.”
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