O Conselho Federal de Medicina entrou de novo na Justiça para impedir a contratação dos médicos cubanos.
Vai perder a ação e vai perder a credibilidade.
Aliás, já devia ter recuado, pois está perdendo.
Primeiro, porque alega que estes médicos são “menos qualificados” que os brasileiros, incluídos aí aqueles que batiam ponto com dedinhos de silicone, que estão com seu registro zeradinho, positivo e operante.
Ora, ainda que fossem menos qualificados – e já vamos ver como não são – seriam menos qualificados do que quem? Do que os inexistentes médicos dos municípios para onde vão? Porque não tem médico neles e nem médico brasileiro que queira ir pra lá ganhando R$ 10 mil, casa e passagem.
Mas hoje o Ministério da Saúde divulgou o perfil dos primeiros 400 médicos, que chegam em dias por aqui.
Não são garotos, recém-formados e inexperiente: 89% tem mais de 35 anos e 65% ficam entre 41 e 50 anos.
84% têm mais de 16 anos de exercício da medicina.
100% têm especialização em Saúde da Família, 20% mestrado nessa especialidade e 28% têm outros cursos de pós graduação.
Todos já cumpriram missões no exterior, quase a metade mais de uma, estão acostumados a conviver com carências sociais e doenças tropicais.
E, como se não bastasse, ainda acham que o paciente é um ser humano!
Por: Fernando Brito
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