Grande exemplo de cidadão, Pablo, como gosta por vezesd ser chamado, brada em suas colunas pelo povo humilde. Grande herói da vida real.
“Sant'Ana é colunista do jornal Zero Hora desde 1971. Jornalista de intelecto invejável é colunista diário no jornal, também comentarista da RBS TV e da Rádio Gaúcha, na qual participa do programa de debates Sala de Redação. É um dos membros mais antigos do programa Jornal do Almoço e o único dos pioneiros em atividade. É um dos mais conhecidos e respeitados jornalistas do Rio Grande do Sul. Atualmente encontra-se constantemente afastado dos programas que participa, de licença tratando de problemas de saúde.”
As palavras acima foram retiradas do site Wikipédia. Para alguém que não acompanha a carreira de Paulo Santana a definição acima poderia ser suficiente. Contudo, esta definição retrata Santana como alguém que ele não é.
Paulo Santana não é um comunicador bem sucedido. Não foi mais um inspetor e delegado de polícia. Não é mais um formado em direito. Não é mais um integrante do grupo RBS.
Não! Paulo Sant’Ana é tudo isso e muito mais. Ele é uma das mais brilhantes e vivas mente em atividade no Rio Grande do Sul, e por que não do Brasil. Com seu jeito simples de denunciar, de defender aqueles que são explorados e que geralmente não tem voz na nossa sociedade, Sant’Ana aponta-me que o importante na vida não é apenas ser alguém bem sucedido. Importante mesmo é ter sucesso em prol dos outros. O melhor sucesso que alguém pode ter na sua vida é ver que viveu e se dedicou por aqueles que sofrem, por aqueles que estão esquecidos, por aqueles desvalorizados...
Se nosso estimado Paulo Sant’Ana fosse membro de alguma ordem religiosa eu diria que ele seria o São Francisco de nosso tempo. Nem tanto, mas também, pela sua humildade e pelo seu amor pelo próximo tão amplamente manifesto em sua coluna diária no Jornal Zero Hora; mas sim pela sua postura diante do inevitável desta vida: a morte.
Segundo o próprio Sant’Ana, ele já sofreu e continua sofrendo de diversas doenças. Mas, acredito pessoalmente que a postura do Paulo diante das doenças é a sua própria arma contra as mesmas. Ele é um fatalista. Sabe que um dia a morte virá. Contudo, não se desanima. Em sua dor encontra forças para desamparar os que sofrem como ele. É incrível. Por mais debilitado que ele possa estar, ele sempre tem algo para confortar seus leitores.
E nas suas doenças ele encontra, de forma incrível, forças para protestar contra a precariedade do SUS, contra a corrupção dos políticos – que ele diz terem vocação para roubar- contra o preço abusivo das garagens de Porto Alegre. E faz mais ainda!
Para desespero do Cacalo e de metade do Rio Grande do Sul, encontra forças para exortar o Grêmio a fugir de um possível rebaixamento. Isto na primeira semana de Campeonato Brasileiro.
Pessoalmente não conheço o Sant’Ana. Mas não é preciso conhecer para admirar e respeitar. Sempre que posso compro um jornal para ler a coluna deste sábio. Se não dá entro no blog dele e leio os seus textos. Ahh! E nas segundas e quintas meu celular só sintoniza a Gaúcha no horário das 13h e 5 min até às 13h e 55h, só para ouvir o Sala de Redação.
O meu objetivo não era criar uma biografia sobre este ilustre pensador do Rio Grande do Sul, mas sim apenas manifestar meus sinceros agradecimentos por me mostrar que a vida só tem sabor quando é vivida para os outros.
Muito Obrigado Sant’Ana.
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