segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vigilante chamado de 'macaco' por professora no PA diz que está abalado



Universidade do Estado do Pará vai apurar o caso administrativamente.
Trabalhador diz que não dorme há dois dias.

Do G1 PA
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Rubens dos Santos, o vigilante agredido verbalmente por uma professora da disciplina de religião afro da Universidade do Estado do Pará (Uepa) na última sexta-feira (14), disse que ainda está abalado emocionalmente com situação. A polícia investiga a denúncia. A instituição também vai apurar o caso através de medidas administrativas.
"Ela veio por dentro da universidade e chegou até a mim. Me xingou, me chamou de 'macaco', idiota, disse que eu estava vestido de palhaço", conta o vigilante. “Psicologicamente eu estou muito afetado. Não consegui dormir. Há dois dias que eu só penso nisso, nunca tinha passado por isso", afirma Rubens.
A professora está sendo investigada pelo crime de injúria racial contra o trabalhador. De acordo com presidente da Comissão de Defesa da Igualdade Racial da OAB-PA, Jorge Farias, ficou surpreso com a postura da docente. “Ela deveria ter consciência e o dever de combater o racismo”, explica Farias.
O caso foi encaminhado para a Seccional de São Brás, onde a professora e as testemunhas prestaram depoimento.
Em nota, a Uepa lamentou o que aconteceu e informou que a ouvidoria da instituição vai tomar medidas administrativas para apurar os fatos. A Uepa afirmou ainda que o portão do Centro de Ciências Sociais e da Educação (CCSE), onde ocorreu a confusão, estava funcionando parcialmente por conta da greve dos professores. Mas, segundo a direção do Centro, a professora deveria entrar pelo portão da reitoria da universidade.
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