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Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais reafirmaram direitos.
Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, compareceu ao evento.
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Com expectativa de receber um público de 40 mil pessoas, a Parada Livre coloriu o Parque da Redenção na tarde deste domingo (25) em Porto Alegre. A iniciativa reúne há 16 edições a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em uma grande festa que objetiva, sobretudo, a igualdade. Com o tema “Liberdade e prazer: goze estes direitos”, grupos de movimentos sociais levantaram bandeiras e defenderam ideias ao som de atrações divertidas, que se apresentaram em um palco no centro do parque.
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Sob um sol escaldante, beirando os 30ºC, Roberta Lyrá da Silva, de 39 anos, trouxe o sobrinho de apenas um ano para curtir o dia. “Tenho um irmão que é gay e este assunto sempre foi normal na nossa casa”, conta com orgulho. “Ele casou agora e até adotou uma criança”, contou. Perto de Roberta, na sombra de uma árvore, uma turma de amigos preparava bandeiras com as cores do arco-íris para desfilar pelas ruas de Porto Alegre. “Vou participar da caminhada mais tarde e levar o Cristopher comigo”, falou a empregada doméstica apontando animada para a criança.
Mulheres, transexuais e travestis abusaram das cores e maquiagens para participar da festa. As mais ousadas ganhavam fãs instantâneos que faziam fila para tirar fotos. “Olhando para tudo isso não dá para dizer que não se faz nada. Este movimento é, principalmente, de cidadania e inclusão”, discursou Maria Berenice Dias, presidente da Comissão Especial de Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB. Além da ativista, Mário Humberto Morocini de Azambuja Júnior, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Porto Alegre, e Fabiano Pereira, da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, também conversaram com o público.
O casal Geovane Santos, 25 anos, e Marcio Wickboldt, 27 anos, aproveitaram o dia “de liberdade”, como disseram, para curtir a família e trocar carícias sem medo do preconceito. “Este é um momento para a gente se misturar. É bom estar aqui e ninguém te olhar estranho. Estamos mais à vontade”, comentou Geovane sobre a importância do evento, “Mas não dá para mentir que muita coisa já mudou e que ganhamos muitos direitos”.
A gaúcha Maria do Rosário, ministra dos Direitos Humanos, passou pela Parada no final da tarde e atentou os presentes para a necessidade de denunciar a violência contra a comunidade LGBT. “Segundo nossas pesquisas, a média de denúncias no Rio Grande do Sul é maior do que os outros estados do país. De um lado, sim, temos mais violência, mas do outro podemos estar tendo uma maior conscientização da importância de denunciar”, falou a ministra ressaltando o avanço das leis homossexuais para uma sociedade mais justa. “A dignidade humana precisa ser respeitada”, finalizou, bastante aplaudida.
Às 17h, a tradicional caminhada acompanhada de sete trios elétricos tomou as ruas de Porto Alegre.
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