quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Artistas gaúchos criam músicas para homenagear vítimas de Santa Maria



Ideia é passar coisas boas às famílias, dizem participantes.
'Um novo domingo de sol' e 'Cinzas ao amanhecer' dão nome às produções.

Do G1 RS
13 comentários
Artistas do Rio Grande do Sul encontraram na música uma forma de homenagear as vítimas e também confortar familiares que tiveram perdas na tragédia de Santa Maria, em 27 de janeiro. No incêndio que atingiu a boate Kiss, 239 pessoas morreram. O objetivo do grupo é "tentar passar alguma coisa boa para as famílias e todos os que se identificam com esse sentimento de impotência perante o ocorrido", resumem o produtor Rodrigo Allende e o músico Jean Paul, que integram uma das produções.

Nesta quarta-feira (27) a tragédia completa um mês. Em Santa Maria, diversas homenagens, que começaram pela manhã, estão programadas ao longo do dia.

Criada por iniciativa de Elias Frenzel, "Cinzas ao amanhecer" foi finalizada pela Livepro Filmes. Já "Um novo domingo de sol" teve a produção de Rodrigo Allende e divulgação da Musicollege Produtora.
De 145 feridos no incêndio, 22 permanecem internados
Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e profissionais de saúde seguem prestando assistência aos feridos no incêndio e familiares das vítimas. Dos 145 pacientes hospitalizadas após a tragédia, 22 permaneciam em hospitais até a noite de terça-feira (26), de acordo com o Ministério da Saúde. Cinco morreram e 118 receberam alta.
Dos que permanecem sob cuidados, 18 pacientes estão em hospitais de Porto Alegre e quatro em Santa Maria. Três deles ainda precisam de ventilação mecânica, isto é, dependiam de aparelhos para respirar.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
Equipamentos de gravação estavam no conserto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário