terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Marcha dos Vadios?
Elise Süedekum
Desde sempre, nunca gostei de machismo.
No entanto, esse "feminismo" barato de hoje em dia me causa náuseas.
O objetivo principal do feminismo nunca foi fazer dele uma desculpa para aderir à promiscuidade ou ser mais que os homens, mas sim a busca por direitos iguais, por espaços sociais iguais. Acredito que, em grande parte da história, as mulheres conseguiram um espaço maior. E, junto com este espaço, veio outras responsabilidades. Quando antes nossa preocupação era cuidar do lar e zelar pelo bom desenvolvimento dos filhos (e, acreditem, isso já é uma responsabilidade gigantesca), agora fomos agraciadas com a oportunidade de desenvolvermos independência, favorecidas com os estudos e com o trabalho. Quando antes era tarefa estritamente masculina manter a família em conforto financeiro, agora também é nossa. Bem como eles foram designados a ajudar com as tarefas domésticas, já que não dispõem mais de uma "empregada" sem custo em tempo integral. Quer dizer, desde sempre as tarefas foram divididas, com o porém de antes elas serem direcionadas exclusivamente para apenas um dos sexos, onde a mulher não dispunha de conhecimento o suficiente para a compreensão de que ela poderia, sim, conseguir um espaço, de que ela poderia, sim, estudar e construir uma carreira sem perder a feminilidade. Ainda que, na época, muitas duvidassem desta possibilidade.
O que acontece hoje em dia é uma úlcera social, onde a mulher acha que, para ser igual, ela deve ser promíscua e participar da "marcha das vadias". E as que não estão participando desse movimento, estão dizendo que um homem não pode sentir qualquer espécie de dor, posto que o parto de uma criança dói muito e só acontece com mulheres, depreciam os homens por não querer ajudar a lavar a louça, mas não querem rachar a conta do restaurante.
Honestamente, eu acho que essas mulheres são as escorias da humanidade. Existem caras promíscuos, como existem caras que prezam por um relacionamento sério. É tudo relativo. Entretanto, por mais promíscuos que sejam os caras, nunca vi um fazer uma "marcha dos vadios", muito menos sem roupas.
Desvalorizaram todos os preceitos de um grito puro pela igualdade, desvalorizaram a si mesmas e jogaram no lixo toda a possibilidade de serem vistas como mulheres em ascensão, perderam toda a credibilidade e a feminilidade que as nossas antepassadas demoraram anos para criar e construir.
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