segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Parada do Orgulho GLBT arrastou um milhão de pessoas pela Av. Atlântica


Em seu 17º ano, evento mostrou que coração não tem preconceito

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Irreverência. A alegria de dois participantes, inspirados em Batman, no meio da multidão Foto: Mônica Imbuzeiro

Irreverência. A alegria de dois participantes, inspirados em Batman, no meio da multidãoMÔNICA IMBUZEIRO
RIO - Em uma tarde de domingo já com calor e céu claro, uma multidão colorida e irreverente fez a temperatura da orla de Copacabana subir ainda mais. Tradição na cidade, a Parada do Orgulho LGBT, na sua 17ª edição, reuniu cerca de um milhão de participantes, pelos cálculos dos organizadores. Às 14h, quando o desfile começou — com uma hora de atraso —, as cores da tradicional bandeira gay já tomavam a Avenida Atlântica, cujo barulho das ondas foi substituído pelo som potente de quinze trios elétricos.
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ocuparam a praia para pedir o básico: mais respeito ao amor e à diversidade. O lema desta vez foi “Coração não tem preconceitos. Tem amor”. O evento é organizado pelo Grupo Arco-Íris e pelo Instituto Arco-Íris, com o apoio de secretarias estaduais e municipais.
Em meio ao clima de paz e amor, o público teve acesso a serviços de cidadania e saúde, uma novidade este ano. Os trabalhos nas tendas começaram às 9h, no Posto 5. Até as 16h, quem passou pela Atlântica pôde se vacinar contra hepatite B no espaço da Secretaria Municipal de Saúde. Ao todo, foram instaladas 11 barracas, onde o público podia requisitar a Carteira de Trabalho e se inscrever no cadastro de emprego da Secretaria Municipal de Trabalho.
Presente à parada gay, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, autor da lei 3406 de 15 de maio de 2000 — que estabelece penalidades aos estabelecimentos que discriminem pessoas por causa de sua orientação sexual —, disse que o governador Sérgio Cabral vai reapresentar à Alerj na semana que vem projeto com o mesmo teor.
— Essa lei foi anulada há um mês pelo TJ, mas venho aqui dizer que o governo do estado vai buscar com todas as forças a volta dela — afirmou.
A festa prosseguiu até às 20h no sentido Leme. Num dos caminhões, uma enorme bandeira com as cores do arco-íris trazia a mensagem “Veta Dilma”, numa referência à lei aprovada no congresso que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo.
O movimento “Mães da Igualdade”, de mães de homossexuais que foram vítimas de violência homofóbica, vieram à frente da parada. Heterossexuais e grupos de combate ao racismo, à intolerância religiosa e ao preconceito contra soropositivos também marcaram presença.
A Secretaria Especial da Ordem Pública apreendeu mais de mil bebidas com ambulantes, rebocou 461 veículos e multou outros 44.


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