Eles surgiram entre os anos de 1960 e seguiram até a década de 80
Se você está na casa dos 40 anos ou mais com certeza vai se lembrar. Eles surgiram entre os anos de 1960 e seguiram até a década de 80. Grandes lutadores de várias nacionalidades fizerem a alegria da criançada e dos adultos que os viam como verdadeiros heróis, pois as lutas quase sempre simbolizavam a luta do bem contra o mal.
Estes eram os homens da luta livre que formavam o programa Telecatch apresentado ao vivo em ginásios do Brasil a fora e principalmente na televisão.
Nos dias de programa as poucas casas com aparelhos de TV na época em Teresina ficavam lotados de pessoas para ver as lutas, do "Mister Argentina", "Bala de Prata" e "Ted Boy Marino", três dos principais mocinhos que enfrentavam vilões como a Múmia, Rasputim e o Pantera, que quase sempre perdiam a luta, mas infernizam a vida dos mocinhos e principalmente do telespectador por causa dos seus golpes sujos.
Os garotos não desgruda-vam os olhos da TV enquanto os combates não terminavam. Enquanto houvesse um lutador fazendo "pulitrica", virando "bundacanassa" e dando golpes mais ousados nos adversários como as famosas "Tesouras", com certeza havia um par de olhos de um adolescente observando.
Esse heróis, a maioria fantasiada ou mesmo usando apenas uma sunga e uma sapatilha, não imaginavam, mas tinham milhares de seguidores, que de qualquer maneira, queria imitá-los. Quantas e quan-tas vezes um vizinho meu, empolgado depois das lutas, chegava em casa e para abrir porta dava um salto com as duas pernas na horizontal? Coidado. Não precisa nem dizer que ele levou várias surras do pai revoltado com as portas quebradas.
Um jornalista paulista daquela época resolveu lançar um livro sobre o assunto, fazendo uma justa homenagem aos lutadores, narradores e juízes e também para matar a curiosidade dos apreciadores da luta livre. Drago, no seu livro "Telecatch: almanaque da luta livre" (Matrix Editora; 157 páginas) , resgata toda a história do esporte misturado com espetáculo que tanto encantou os brasileiros.
PARA OS FÃS - Em sua minuciosa pesquisa o jornalista conseguiu falar com parentes e com muitos dos próprios lutadores, além de ilustrar o livro com várias imagens das lutas e dos astros, para o delírio dos admiradores do espetáculo.
Ninguém foi esquecido no livro. Nem mesmo o início das lutas em outros países, os narradores, como Alexandre Santos, Édson "Bolinha" Curi e Ely Coimbra, dentre outros que também fizeram muito sucesso em transmissões de outros esportes, principalmente o futebol.
O livro, da Editora Matrix, sem dúvida preenche uma lacuna deixada na época em que a TV estava engantinhando no Brasil, principalmente no Norte e Nordeste do País, além de mostrar quem eram verdadeiramente aqueles astros que as vezes arriscavam a vida pulando de ringues sobre os adversários com o único objetivo de divertir a platéia, mesmo a minoria sabendo que a maioria daqueles golpes era tudo combinado previamente.
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