Sou a favor do cercamento, está mais que provado que não é seguro, gosto de pragmatismo, coisas que deêm resultados e esta me parece ser a melhor solução... Conheço muito bem a Redenção e todos os seus problemas... GN
Proposta de plebiscito reabre debate sobre colocação de grade no entorno do parque na Capital
Heloisa Aruth Sturm*
A polêmica em torno do cercamento do Parque Farroupilha (Redenção), que desperta discussões em Porto Alegre há mais de duas décadas, voltou à tona com a apresentação de um projeto de lei que convoca a população para opinar sobre o tema por meio de um plebiscito nas eleições de 2014.
A proposta divide especialistas em urbanismo e segurança e abre caminho para uma ampliação do debate em torno do uso dos espaços públicos na cidade. Para Ada Raquel Schwartz, arquiteta da Secretaria Municipal de Urbanismo, a discussão deve levar em conta os hábitos e costumes do cidadão que utiliza o parque:
— A segurança é apenas um dos balizadores da configuração do espaço público. O que influi diretamente no espaço é a maneira como a população o utiliza, porque a partir do momento que há uma apropriação daquele local ele se torna naturalmente mais seguro. Cada espaço tem suas características peculiares, por isso essa é uma questão tão polêmica.
A proposta do vereador Nereu D'Avila (PDT) desagrada à Associação de Amigos e Frequentadores do Parque Farroupilha.
— O parque foi concebido para ser livre. Essa proposta vai cercear o cidadão comum, que já paga o custo para uma segurança que ele não tem — diz Roberto Jakobasko, representante da associação.
O tema já foi apresentado em reuniões anteriores do conselho de usuários do parque, e cerca de 80% se mostra contrário ao cercamento. Uma enquete feita nesta semana no site de ZH mostra que 61% dos 2,3 mil internautas que até ontem haviam participado são contrários à medida.
Os custos da medida ainda não foram definidos, mas estima-se que seriam necessários cerca de R$ 1 milhão para cercar os 2,5 mil metros de perímetro do parque, segundo o consultor Leandro Cardon, da Kravi Planejamento em Segurança.
O valor foi baseado no custo médio do material mais resistente. Cardon é favorável ao cercamento, mas admite que a solução deve vir acompanhada de outras medidas.
— Sistemas de monitoramento, atuação de agentes de segurança treinados e definição de aspectos organizacionais como horário de funcionamento e quantidade de acessos são fundamentais — afirma.
Mesmo depois de aprovado, o projeto de lei ainda terá de passar por uma avaliação detalhada do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), já que a viabilidade do plebiscito depende de uma série de fatores. De acordo com o TRE, a realização da consulta popular depende de consultas ao TSE, já que se trata de uma eleição geral e o desenvolvimento do software para votação é nacional.
Além disso, a realização de qualquer plebiscito prevê tempo de propaganda para as frentes que se formariam, a favor e contra o cercamento, e isso não pode colidir com o tempo destinado à propaganda eleitoral já previsto em lei.
*Colaborou Carlos Guilherme Ferreira
A proposta divide especialistas em urbanismo e segurança e abre caminho para uma ampliação do debate em torno do uso dos espaços públicos na cidade. Para Ada Raquel Schwartz, arquiteta da Secretaria Municipal de Urbanismo, a discussão deve levar em conta os hábitos e costumes do cidadão que utiliza o parque:
— A segurança é apenas um dos balizadores da configuração do espaço público. O que influi diretamente no espaço é a maneira como a população o utiliza, porque a partir do momento que há uma apropriação daquele local ele se torna naturalmente mais seguro. Cada espaço tem suas características peculiares, por isso essa é uma questão tão polêmica.
A proposta do vereador Nereu D'Avila (PDT) desagrada à Associação de Amigos e Frequentadores do Parque Farroupilha.
— O parque foi concebido para ser livre. Essa proposta vai cercear o cidadão comum, que já paga o custo para uma segurança que ele não tem — diz Roberto Jakobasko, representante da associação.
O tema já foi apresentado em reuniões anteriores do conselho de usuários do parque, e cerca de 80% se mostra contrário ao cercamento. Uma enquete feita nesta semana no site de ZH mostra que 61% dos 2,3 mil internautas que até ontem haviam participado são contrários à medida.
Os custos da medida ainda não foram definidos, mas estima-se que seriam necessários cerca de R$ 1 milhão para cercar os 2,5 mil metros de perímetro do parque, segundo o consultor Leandro Cardon, da Kravi Planejamento em Segurança.
O valor foi baseado no custo médio do material mais resistente. Cardon é favorável ao cercamento, mas admite que a solução deve vir acompanhada de outras medidas.
— Sistemas de monitoramento, atuação de agentes de segurança treinados e definição de aspectos organizacionais como horário de funcionamento e quantidade de acessos são fundamentais — afirma.
Mesmo depois de aprovado, o projeto de lei ainda terá de passar por uma avaliação detalhada do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), já que a viabilidade do plebiscito depende de uma série de fatores. De acordo com o TRE, a realização da consulta popular depende de consultas ao TSE, já que se trata de uma eleição geral e o desenvolvimento do software para votação é nacional.
Além disso, a realização de qualquer plebiscito prevê tempo de propaganda para as frentes que se formariam, a favor e contra o cercamento, e isso não pode colidir com o tempo destinado à propaganda eleitoral já previsto em lei.
*Colaborou Carlos Guilherme Ferreira
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