terça-feira, 8 de outubro de 2013

Machucaram pessoas e uma criança... agora passaram dos limites... GN

PROTESTOS COM VIOLÊNCIA NO RIO E TERRORISMO EM SP


ZERO HORA 08 de outubro de 2013 | N° 17577

RIO - FINAL VIOLENTO. Atos terminam em confrontos. Protestos pela educação no Rio e em São Paulo, estavam pacíficos até a ação de Black Blocs


Rio de Janeiro e São Paulo voltaram a ser palco de confrontos ao final de manifestações. Convocados em apoio aos professores cariocas e contra o plano de cargos e salários oferecidos pela prefeitura, os protestos ocorriam pacificamente, até a intervenção de grupos de Black Blocs.

No Rio, sem a presença ostensiva da polícia, envolvida em acusações de agressões a manifestantes nos últimos dias, o protesto terminou com mascarados lançando bombas caseiras e coquetéis molotov pelo centro do Rio. Houve ataques direcionados à Câmara dos Vereadores (na Cinelândia). Uma das entradas laterais do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo municipal, chegou a ser atingida por coquetéis molotov.

Na avenida Rio Branco, um ônibus foi incendiado, assim como a portaria da sede do Clube Militar. A 200 metros do local, tropas da Polícia Militar assistiam ao ataque sem interferir. Só agiram 30 minutos após o início do ataque, com bombas de efeito moral.

A causa dos professores ganhou o apoio de vários artistas. Além de Leandra Leal, que saiu às ruas na semana passada, ontem, uma das atrizes que esteve no centro do Rio foi Thaila Ayala, que participou usando um uniforme da rede municipal de ensino.

Na capital paulista, dois grupos, que se reuniram na Avenida Paulista e no Theatro Municipal, se encontraram na praça da República, em frente ao prédio da Secretaria da Educação. A PM jogou ao menos seis bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Integrantes do Black Blocs revidaram com rojões contra os policiais. Com marretas, pedras e chutes, manifestantes quebraram orelhões, vidraças de agências bancárias e lanchonetes na região da República. Comerciantes fecharam as lojas para evitar depredações e prejuízos.


SÃO PAULO - Explosão de carro deixa seis feridos

A explosão de um carro utilizado em um protesto na manhã de ontem, em São Paulo, deixou seis pessoas feridas – entre elas uma criança de 11 anos. Os destroços foram atirados a 200 metros de distância e estraçalharam vidraças. Os manifestantes incendiaram o veículo movido a gás natural, que explodiu.

– Vieram as chamas e, depois, aquele ‘boom’. Tremeu tudo – contou a doméstica Maria Gorete Leite, 55 anos, uma das 150 pessoas que protestavam na Rua Doutor Luís Migliano, no bairro Morumbi. Os manifestantes reclamavam do atraso de dois meses no auxílio-moradia dado pela prefeitura a moradores da Vila Praia e pediam o reajuste do benefício em mais duas comunidades, Olaria e Viela da Paz.

Um grupo tombou e incendiou uma Fiorino que estava abandonada no local havia cerca de um ano. Entre as vítimas está o menino Bruno Souza, de 11 anos, que filmava a cena com um telefone celular. O menino teve parte da perna direita dilacerada pela explosão e o pulmão perfurado por pedaços do carro. Ele passou por cirurgia e permanecia em observação.



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