segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Família de SC se preocupa com rapaz que ajudou amigos e está em CTI



Todas as orações por este herói. GN


Guilherme da Luz tentou quebrar parede da boate para salvar colegas.
Ele está no último semestre de Zootecnia da UFSM e perdeu amigos.

Géssica Valentini e Eduardo CristófoliDo G1 SC
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Gulherme (à esquerda) ajudou a quebrar a parede, depois foi para o hospital (Foto: Reprodução TV Globo)Gulherme (à esquerda) ajudou a quebrar a
parede, depois foi para o hospital
(Foto: Reprodução TV Globo)
Guilherme Ferreira da Luz, de 25 anos, telefonou para a família por volta das 3h da manhã. Ele estava diante da boate Kiss, emSanta Maria, minuto depois de ter ajudado a marretar a parede, na tentativa de salvar pessoas que ainda tentavam escapar da fumaça e sair do local. Segundo o tio e padrinho, Gilmar Bernardi, de 46 anos, ele está no último semestre do curso de zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria e a família mora em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Ao ligar, Guilherme contou o que havia ocorrido e disse que estava bem.
Por precaução, os pais viajaram a Santa Maria, e Guilherme, ao longo do dia, comunicou-se por telefone com os familiares catarinenses. "Já durante a manhã ele sentiu que não estava bem. Depois, foi internado. Às 15h, ele fez o último contato e disse que havia piorado e, em seguida, foi entubado", contou Gilmar.   
Segundo o tio do rapaz, Guilherme relatou à família que conseguiu sair da boate e acreditou estar bem para ajudar aos outros. "Nem pensou duas vezes em pegar a marreta e ajudar", afirmou.
Ainda conforme o tio, na tarde deste domingo (27), Guilherme foi transferido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital da cidade. "Nos disseram que a internação era precaução. Agora, ele está no CTI. Estamos muito preocupados", disse.
Entre os amigos que Guilherme perdeu na tragédia está o paraguaio Guido Ramon, que iniciou o curso de graduação em Chapecó e transferiu a faculdade para Santa Maria e foi à festa com ele. "Eles eram como irmãos. Ele sentiu muito. Também nos disse que havia vários outros amigos desaparecidos", afirmou Gilmar.
Catarinenses na tragédia
As catarinenses Isabela Fiorini, de 19 anos, Bruna Karine Occai, de 23, e Thaís Zimmermann Darif, 19, estão entre os mortos na tragédia que ocorreu em Santa Maria, na madrugada deste domingo (27). O corpo de Isabela, de São Miguel do Oeste, foi reconhecido pelo pai por volta das 17h30 deste domingo. O corpo de Bruna Occai, de Belmonte, foi identificado por um primo e pelo tio, o deputado Pedro Uczai às 18h30, no mesmo dia. O pai de Thais reconheceu o corpo da filha também às 18h30.
Isabela era estudante do primeiro período de Veterinária da Universidade Federal de SantaMaria e o pai foi até Santa Maria buscar informações sobre a filha depois que soube da tragédia e não obteve notícias da jovem. De acordo com Dioni, a família tentou contato pelo celular e no telefone fixo da estudante, mas não recebeu resposta.
Bruna Occai era formada em Biomedicina e estava em Santa Maria cursando mestrado em Bioquímica Toxicológica na UFSM. Segundo o deputado federal Pedro Uczai, irmão do pai da jovem, ela tinha 23 anos. De acordo com ele, Bruna morava na cidade há cerca de um ano. A intenção da família, agora, é tomar as providências necessárias para levar o corpo atéBelmonte, no Oeste de Santa Catarina.
Thaís Zimmermann Dariff cursava o primeiro semestre do curso de Veterinária da UFSM e dividia apartamento com Isabela Fiorini. O corpo da jovem foi reconhecido pelo pai, Rogério Dariff, por volta das 18h30. Até as 19h deste domingo (27), ainda não havia informações sobre o velório de Thaís.
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